Uma nova tecnologia testada pela Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa) promete transformar o lodo resultante do tratamento de esgoto – um material com alto potencial poluente – em blocos de pedra, que poderão ser usados em pavimentação e na construção civil. A transformação do lodo é feita por um sistema que utiliza um arco de plasma – estado ionizado de gás que produz um energia elétrica de alta corrente e baixa voltagem. O equipamento, recém-instalado de forma experimental, submete os resíduos de esgoto a uma temperatura de até 30 mil graus Celsius, resultando em pedras inertes – sem odor ou poluentes.

Continua depois da publicidade

Uma tonelada de lodo gera 30 quilos de pedra de alta durabilidade. A tecnologia, promissora, é fruto de uma pesquisa iniciada há 14 anos em uma universidade brasileira. Até que os resultados finais da solução experimental sejam divulgados, a instituição será mantida em sigilo.

Veja fotos do material

A utilização do projeto piloto em Balneário Camboriú é fruto de um termo de cooperação firmado pela Emasa com uma empresa de soluções ambientais, que detém a tecnologia, para busca de soluções disruptivas para o tratamento de efluentes.

O município, que tem apenas 46 quilômetros quadrados, gera 25 toneladas de lodo por dia no esgotamento sanitário. Hoje, o material é dispensado em aterros, ao custo anual de R$ 4,9 milhões.

Continua depois da publicidade