Uma famoso aperitivo de bares e restaurantes tem colocado Santa Catarina em destaque no país. Números recentes da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, divulgados neste mês de setembro e analisados pelo Centro de Inteligência e Estratégia da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), mostram que o Estado ocupa a terceira colocação no ranking dos maiores rebanhos de codornas. E o que estimula esta criação é a produção dos populares “ovinhos de codorna”, que vem crescendo expressivamente nos últimos 10 anos. O Sul do Estado é quem impulsiona o índice de produção de 2,4 milhões animais, colocando SC perto dos líderes, Minas Gerais (2,6 milhões) e São Paulo (2,5 milhões).

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É na pequena São Ludgero, que tem cerca de 14,2 mil habitantes, que se concentra o maior rebanho de aves de Santa Catarina. Proprietário de metade do rebanho catarinense de codornas, com 1 milhão de animais, o produtor de ovos Dirlanio Lembeck conta que a demanda pelo produto chegou a diminuir em 2020, por causa da pandemia – o que levou cornicultores a encerrarem as atividades em granjas da região e a abaterem os animais. Diz ele: “Nós seguimos produzindo e, quando o mercado reaqueceu, com a reabertura de bares e restaurantes e a retomada do convívio social, tínhamos estoque para pronta-entrega”.

Só no ano passado, o Sul catarinense cresceu quase 30% seu rebanho de codornas, em comparação ao ano anterior, 2022. A atividade tornou a mesorregião uma importante fornecedora de ovos de codorna para o restante do Brasil e a quarta maior produtora – com 8% de toda a produção nacional (em 2018 eram 2%).

O diretor setorial da FACISC, Lito Guimarães, explica que a atividade vem sendo importante tanto para a geração de renda, como para o aumento da formalidade na agropecuária: “É mais um exemplo de como a diversidade da nossa produção, em Santa Catarina, é importante para a nossa economia”.

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A cornicultura é considerada uma área de potencial na América Latina. Por outro lado, exige dedicação: “São animais com genética muito selvagem, ainda, principalmente em comparação a frangos e galinhas, que têm já genéticas avançadas”, explica Lembeck.

A criação requer menos espaço, é considerada com maior valor agregado e proporciona retornos mais rápidos que a produção de galinhas, por exemplo, até por conta do tempo de crescimento da codorna, que é menor.

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