A operação Caronte, que apura supostas irregularidades na concessão dos serviços funerários em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, passa a ter uma repercussão direta em Florianópolis. Na última semana, ao soltar os 17 presos nas duas fases da investigação, a desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer impôs medidas cautelares contra os denunciados. Entre elas, está a proibição de que os empresários envolvidos façam contratos com o poder público.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

Um dos alvos é Gineides Varela da Silva Júnior, dono de três das quatro funerárias que detêm a concessão dos serviços funerários em Florianópolis. Pessoas ligadas a ele também terão que cumprir a mesma medida. A decisão da desembargadora foi contestada por parte dos investigados. Em resposta, Cinthia explicou os motivos para a imposição da medida.

Segundo ela, em despacho dado na última sexta-feira (27), “a suspensão das atividades empresariais e de contratar com o Poder Público, busca evitar a perpetuação dos supostos delitos descritos na denúncia, bem como a reiteração de condutas semelhantes com a realização de contratações com outros municípios”. A desembargadora ainda acrescenta: “Lembra-se que há mensagens interceptadas que indicam que o grupo de funerárias buscava expandir os negócios para o município de Içara, de modo a justificar a restrição de contratação com o Poder Público”.

A cautelar ocorre justamente em um momento em que Florianópolis discute uma nova concessão dos serviços funerários. O edital estava em andamento até ser suspendo pela Justiça, recentemente. As funerárias ligadas a Gineides se cadastraram para participar da licitação.

Continua depois da publicidade

A defesa dos advogados que são investigados e também precisarão cumprir a mesma medida, entraram com recurso alegando o impedimento do exercício da advocacia em relação a eles. A magistrada, por outro lado, esclareceu: “Em tempo, advirto que a cautelar em questão não impede o exercício da advocacia aos denunciados Advogados, mas estes ficam impedidos de advogar para as funerárias citadas na denúncia e igualmente impedidos de contratar com o Poder Público”.

A mesma medida também vale para empresários que atuam com funerárias em Jaraguá do Sul e são investigados na Caronte. A coluna procurou a defesa de Gineides e aguarda uma resposta. O post será atualizado conforme houver a manifestação.

Destaques do NSC Total