Os trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis paralisaram as atividades nesta quinta-feira (12), após semanas de negociações sem acordo entre os sindicatos da categoria e as empresas do Consórcio Fênix, responsável pela operação do sistema na Capital catarinense. A paralisação ocorre em meio a um cenário delicado para o setor. Das cinco empresas que compõem o consórcio, quatro estão em processo de recuperação judicial, o que agrava a crise financeira que já impacta o transporte público na cidade.

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As negociações salariais entre trabalhadores e empresas vêm se arrastando nas últimas semanas. As empresas ofereceram um reajuste de 6% — pouco acima do valor correspondente à inflação do período, que foi de 5,32% — já depositado na última folha de pagamento, além de um aumento de 8% no vale-alimentação.

Veja fotos da paralisação nesta manhã

Os trabalhadores, por sua vez, reivindicam um reajuste maior: 6% no salário, 10% no vale-alimentação e um adicional de 10% para motoristas que também exercem a função de cobrador. Segundo o sindicato da categoria, a proposta das empresas é insuficiente diante das condições de trabalho e da pressão financeira que os profissionais enfrentam.

Nos bastidores, representantes das empresas avaliam que uma greve prolongada pode trazer impactos financeiros ainda mais severos para um setor já fragilizado. Fontes próximas às negociações afirmam que, caso a paralisação se estenda, as consequências podem ser grandes e imensuráveis para as empresas.

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Até o momento, as negociações seguem sem acordo. A Prefeitura de Florianópolis acompanha a situação e já articula medidas emergenciais para tentar minimizar os transtornos à população diante de eventuais novas paralisações.