Por Silvana Pires, interina
A duas semanas do fim do ano legislativo, a história se repete: parlamentares lutam contra o tempo para analisar, a toque de caixa, projetos importantes. Na lista, o orçamento de 2020 que, sem ser aprovado, impede o recesso. Mas como ninguém quer ficar preso em Brasília no mês de janeiro, esse sempre passa.
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Mas as atenções estarão voltadas mesmo para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que tem na pauta o pacote anticrime e a prisão em segunda instância. Nos dois casos, há defensores da análise dos projetos ainda neste ano. Nos bastidores, a aposta é de que apenas o pacote do ministro Sergio Moro, que sofreu perdas na Câmara, seja aprovado em plenário nos próximos dias e sem alterações, caso contrário teria de retornar para análise dos deputados.
O argumento vai na linha de que este é o “texto possível” e “qualquer coisa é melhor do que nada”. Mas cai por água abaixo se lembrarmos que o pacote está tramitando no Congresso há 10 meses. Tempo se teve para não deixar tudo para a última hora.
Ninho Tucano
Eduardo Leite foi um dos destaques do congresso do PSDB no sábado, em Brasília. Seu nome, inclusive, é visto como um dos possíveis candidatos à Presidência da República, para desconforto de João Doria, que sonha com o posto. À coluna, o governador gaúcho reafirmou que seu foco está no RS:
– Mantenho minha disposição de não concorrer à reeleição e cumprir meu mandato integralmente até o último dia.
Quem circulou pelo encontro confirma que Leite é muito bem-visto pelos colegas e representa a renovação que o partido vem buscando.
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Já é passado
Candidato do PSDB à Presidência em 2018, com o pior desempenho da história do partido, Geraldo Alckmin não participou do Congresso.
– Ninguém falou nele, nem citaram o Alckmin – contou um tucano à coluna.
No mesmo dia, uma foto no Twitter mostrava Alckmin comemorando a primeira comunhão dos netos.