Embora aparente estar no escuro, a equipe do ministro Paulo Guedes tem um plano para evitar que a economia derreta no pós-pandemia. O problema é colocar as ações previstas em pé, diante das dificuldades impostas pela crise política e pela falta de consenso sobre prioridades dentro do próprio governo Bolsonaro. E tudo fica ainda mais difícil quando o presidente da República está ocupado com a própria sobrevivência política e com inquéritos que envolvem os filhos.
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De saída da Secretaria do Tesouro, Mansueto Almeida discorreu sobre a receita sem pestanejar: atrair investimentos por meio de concessões, segurar o teto fiscal, avançar com a reforma tributária e reforçar programas sociais, mas sem ampliar gastos. Uma equação que jamais sairá do papel sem estabilidade política.
Isso significaria, hoje, uma trégua entre os poderes em nome de famílias enlutadas, de milhões de brasileiros que estão perdendo seus empregos e de empresas que estão fechando.
– Não tem mágica – disse o secretário em entrevista à Rádio Gaúcha.
Mansueto tem razão. Os modelos de retomada são conhecidos, mas faltam adultos na sala. Ao longo da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro declarou guerra aos governadores, e ninguém faz reforma tributária sem acordo com os Estados.
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Vaca amarela
Desde a prisão de Fabrício Queiroz, grupos de WhatsApp ligados à liderança do governo estão em silêncio. Fora das redes, deputados comentam que o presidente Jair Bolsonaro deveria se afastar de vez do advogado Frederick Wassef e até mesmo do filho, o senador Flávio Bolsonaro.
Carta de apresentação
Embaixadores de países membros do Banco Mundial que não conheciam o histórico de polêmicas e xingamentos do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub receberam um relatório detalhado. A carta foi encaminhada por partidos de esquerda, com o pedido para que a indicação ao cargo de diretor-executivo seja rejeitada. Entre os argumentos, está o processo que ele responde por racismo contra chineses.
Pé de meia
O Banco Mundial não pode servir de refúgio. Mesmo assim, quem conhece os organismos internacionais aposta que o nome de Weintraub será aprovado sem problemas pelos oito países do grupo do Brasil. O mandato vai até outubro, tempo suficiente para formar um bom pé de meia.