Se confirmadas as informações divulgadas até agora, estelionatários invadiram os celulares de autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, deixando vulneráveis quem manda na República, à mercê de criminosos. Além da turma da Lava-Jato, os presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foram alvo de hackers e o potencial do estrago é desconhecido.
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Há óbvias medidas de segurança que precisam ser tomadas e muitas questões a serem respondidas pela Polícia Federal: houve alguma encomenda, qual era o objetivo?
Por isso, tem razão Rodrigo Maia quando reclama da precipitação na divulgação dos nomes das vítimas.
Diante da gravidade do que está sendo descoberto, a PF ainda tem muito a fazer. Não se pode esquecer o início de toda essa história de contradições: o conteúdo das conversas entre o então juiz Sergio Moro e procuradores.
As mensagens publicadas pelo The Intercept ainda precisam ser esclarecidas. Como eram aquelas relações? Eles combinaram ou não as ações na Lava-Jato?
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Como já disse um ministro do STF, puxaram uma pena e, agora, ninguém sabe o tamanho do bicho que ainda pode aparecer.