Um grupo de médicos residentes reuniu-se nesta quinta-feira (14) em um protesto em frente ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, para chamar atenção para o caso do obstetra Jean Griebeler, agredido pelo companheiro de uma mulher que estava em trabalho de parto. O médico precisou passar por cirurgia no rosto, mas passa bem.

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Com cartazes nas mãos, os residentes se manifestaram contra a violência a que os médicos estão expostos. A preocupação com agressões deu o tom de diversas manifestações emitidas por entidades que representam os médicos no Estado.

A Polícia Civil informou, em nota, que o agressor teria agido por "ciúmes". O homem tem 45 e é praticante de artes marciais. Segundo o delegado Rodrigo Andrade, ele não queria que a mulher, que estava com 40 semanas de gestação, fosse atendida sozinha.

O homem foi preso em flagrante por lesão corporal grave. Após audiência de custódia, nesta quinta à tarde, teve a prisão convertida em preventiva.

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O Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) emitiu nota de repúdio, em que reconhece que "a agressão em Itajaí não é fato isolado e repete-se por todo país". " O médico tornou-se, equivocadamente, o responsável pelas mazelas inerentes a um sistema de saúde deficitário", afirma.

A Associação Catarinense de Medicina (ACM) exige, em nota a apuração rigorosa dos fatos e a imediata punição do agressor. "Da mesma forma, a entidade clama para que sejam garantidas, pelos gestores públicos e privados da saúde, as condições dignas de trabalho aos médicos e profissionais do setor, com a segurança indispensável nos hospitais e nos postos de atendimento à população de toda Santa Catarina".

A Associação Catarinense de Médicos Residentes (ACMR) e o Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc) também lançaram nota de repúdio, afirmando que "vêm há tempos, juntamente com outros órgãos e instituições, abordando e denunciando a questão de violência que os profissionais da saúde têm vivenciado dentro do ambiente de trabalho".

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