Uma ocasião em que serão servidos vários rótulos de vinhos com certeza será especial. Um evento profissional, um belo jantar em família, um encontro com amigos… Em qualquer dessas ocasiões, você quer proporcionar a melhor experiência possível, certo? Preparou um cardápio especial com entrada, prato ou pratos principais e sobremesa. Então, o cuidado na harmonização deve seguir uma lógica para impressionar os convidados, que se sentirão muito valorizados pelo seu esmero.
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Existe, sim, uma sequência que irá proporcionar um maior prazer na experiência e que certamente renderá memórias inesquecíveis. Devemos sempre iniciar pelos aromas e sabores mais leves, tanto dos pratos quanto dos vinhos, passando para os médios e finalizando com os mais potentes, para que as papilas gustativas possam acompanhar o crescente progressivo da intensidade dos sabores sem ficar impregnadas, e para não neutralizar o que virá em seguida.
A ordem deve ser: dos vinhos mais leves, jovens e frutados, que normalmente são menos complexos e desafiadores, porém muito agradáveis e que agradam a todos; para os vinhos mais maduros, encorpados e complexos. Estes já demandam mais atenção, nos desafiando com suas muitas e complexas camadas aromáticas e gustativas.
As regras básicas e clássicas, que garantem menos escorregões, são as seguintes:
- Começar com os espumantes, dando preferência aos mais jovens e frescos, com bela acidez e cítricos.
- Em seguida, aos brancos:
- Abrindo primeiro um mais frutado e jovem.
- Depois, escolha um branco gastronômico, com álcool moderado, corpo médio e boa acidez.
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- Seguimos com o rosé, que é um coringa da harmonização e permite mais possibilidades de gastronomia para acompanhar:
- Caso haja mais de um rótulo, comece com o de cor mais clara e passe para o de cor mais intensa.
- Na sequência, servimos os tintos:
- Sempre indo dos jovens, mais leves e frutados, para os mais intensos, estruturados e encorpados.
- Finalize com o vinho de sobremesa, que pode ser:
- De colheita tardia.
- Fortificados, como Vinho do Porto ou Madeira.
- Outro estilo, como um espumante demi-sec, se a sobremesa for de frutas frescas.
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Mas lembre-se sempre:
Não é somente a cor do vinho que define seu corpo e estrutura. Portanto, em algumas situações, um branco velho, estruturado e encorpado pode vir depois de um tinto jovem e leve.
Conhecer as peculiaridades dos estilos das regiões e dos produtores, assim como as características da(s) casta(s) dos vinhos, varietais e blends que serão servidos, é muito importante para não comprometer a experiência, mas render elogios e reconhecimento do teu empenho em proporcionar uma linda experiência aos convidados.
Mas, como no mundo do vinho nada é fechado e definitivo, estas regras clássicas merecem e devem ser quebradas, experimentando, se desafiando, ousando novas experiências, mas que sejam harmoniosas, equilibradas e agradáveis, é claro!
Faça a sua experiência e me conta como ficou!
Saúde!