A chegada de um time de futebol de Balneário Camboriú nos remete a um assunto que o Vale do Itajaí discute há muito tempo: um estádio de futebol a altura da região. Há muitos anos o então prefeito de Blumenau Dalto dos Reis chegou a apresentar à imprensa a maquete de uma bela praça de esportes. Deu em nada.
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O Estádio Roberto Santos Garcia, o Robertão, que fica no município de Camboriú, não teve sequência em uma obra que se pensava ser maior e ficou como está, sem atender às necessidades maiores do futebol. Surgiu o Estádio das Nações, em Balneário Camboriú. Tímido e sem a estrutura para grandes espetáculos.
Com o fortalecimento do futebol do Vale, empresários acenaram com a chance de um estádio em Brusque, que poderia abrigar perto de 12 mil torcedores. Não saiu do papel. Uma pergunta: será que a construção civil aliada ao poder público não percebeu ainda que por ser o maior centro turístico do país, já sendo chamado de Dubai brasileira, Balneário Camboriú necessita urgentemente de uma arena multiuso?
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Não seria exclusivamente uma obra para o futebol. Comportaria show, especialmente no verão, onde o fluxo de turistas é extraordinariamente grande. As cidades vizinhas usariam este equipamento para o entretenimento em geral. Eventos com nomes internacionais, grandes jogos de futebol, Superliga de vôlei, basquete, tênis e até patinação. Para quem tem as mais altas e arrojadas obras, uma arena cairia como uma uva para a região, gerando receitas e espetáculos incríveis.
Uma arena ou simplesmente um estádio de futebol atrairia mais gente para o balneário e consequentemente divisas que cobririam o investimento mais rápido que se pensa. Vamos pensar nisso?
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É a zebra
Além de um lindo balneário turístico o futebol passa a ser incorporado a Balneário Camboriú, com a chegada do Camboriú à final do Estadual. A diretoria do clube mostra como se pode fazer um time competitivo e de boa qualidade com poucos recursos financeiros. Com a terceira melhor campanha na 1ª fase, superou os grandes de Santa Catarina e chegou à decisão pela primeira vez. Na minha opinião, o título é zebra, mas pode acontecer. É preciso enaltecer os dirigentes e a comissão técnica, além do elenco claro.
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E o Brusque?
A cidade que tem o mais antigo time de futebol do Estado, o Clube Atlético Carlos Renaux, já conhece o cheirinho de um ou mais títulos. Dois com o Renaux e um do Busque. Enfim, está na espera há 30 anos desde o último estadual. Joga hoje o melhor futebol do Estado. Fez uma campanha de crescimento até chegar à final. Tem vantagem do jogo em casa, mas não é certeza de título.
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A diferença
Em campo os dois finalistas têm jogadores que podem desequilibrar. De um lado, Wallace (campeão do mundo), Airton, Rodolfo Potiguar, Alex Sandro, Diego Jardel e Fernandinho. A chegada de Diego Jardel deu o toque de qualidade que o Brusque precisava.
O Camboriú também tem um campeão do mundo, Jorge Henrique, que é quem dita o ritmo do jogo no meio, auxiliado por Juliano. Maicon Assis é a formiguinha do meio-campo, Balotelli é quem começa as jogadas, Léo Campos aciona o lado esquerdo do time, e tem o zagueiro artilheiro Wesley, que decidiu os jogos semifinais contra o Figueirense. Que jogo final, hein.
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Tudo mudou
Estamos vivendo um campeonato atípico em 2022. Primeira novidade é a ausência do Criciúma. O Joinville está longe de ser o JEC que conhecemos e não está nem na Série D nacional. A Chape acompanhou a campanha de 2021 na Série A do Brasileiro, quando foi rebaixada. E a dupla da Capital custou para classificar na 1ª fase.
A ordem do nosso futebol sofreu profunda alteração este ano. Há tempo o Busque vem pedindo para ser chamado de um dos grandes de Santa Catarina. O Hercílio Luz voltou com força total e fez a 2ª melhor campanha na 1ª fase. O Camboriú, que foi o terceiro colocado está na final, e o Concórdia foi eliminado nas semifinais. SC passou a ter um campeonato não só equilibrado, mas absolutamente desconcertante.
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Ao mestre com carinho
Narração clássica, voz bem colocada, emoção na medida certa, assim era Fernando Linhares da Silva. Foi parâmetro para os locutores esportivos que vieram em seguida. O rádio não tinha tantos efeitos que brilham uma transmissão. Era na garganta do narrador todo o desenrolar de um jogo.
Pois o nosso professor partiu na última semana, deixando um legado forte para a geração atual: 87 anos, procurador da Previdência Social, seis filhos, 10 netos, um bisneto, 67 anos de casado, um homem a altura dos grandes talentos do rádio. Meu ídolo, meu mestre, meu amigo. A comunicação e o esporte ficaram lhe devendo uma grande homenagem.
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Giro Total
> Para pensar:
Tito (Hercílio Luz), Zé Victor (Marcilio Dias), Alex Sandro (Brusque), Balotelli (Camboriú), Marcelinho (Concórdia)… estes jogadores, entre outros, não jogariam o Campeonato Brasileiro? Precisamos estar atentos ao mercado interno.
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> O Avaí está:
O presidente confirmou na CBN/Floripa. “Deveremos ter oito reforços e estamos buscando jogadores que disputaram o Estadual deste ano”.
> Um exemplo:
Betão só não fica no Avaí se não quiser, como dirigente claro. O contrato como jogador não será renovado, mas os serviços estão sendo solicitados em outra área do clube.
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