Foi um bom começo de campeonato. Ficou claro que para algum objetivo ser alcançado precisamos muito mais. O Avaí melhorou na postura em campo, evoluiu tecnicamente, fruto de um tempo maior de preparação. Algumas dificuldades conhecidas continuaram aparecendo, como saída de bola, erros de passes e conclusão para o gol. Jogadores ainda estão se entrando no time e o entrosamento vai acontecendo a cada jogo.

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O que valeu mesmo foi ver Raniele em crescimento, Morato bem por dentro e um pouco do fechamento do setor de meio-campo, antes vulnerável. A largada foi boa, com alguma dificuldade, mas a vitória veio. À medida que a tabela vai avançando, os jogos vão ficando mais difícil pelos adversários.

Neste sábado, dia 16, já temos pela frente o Corinthians, que está superando uma eterna crise com um grupo que se diz torcedor e não tem nada a ver com o futebol a julgar pela atuação. É superior, mas não invencível. Lembro que na 1ª rodada o Ceará chegou em São Paulo como quem não quer nada e surpreendeu o Palmeiras. Mesmo aceitando um crescimento técnico e tático, o Avaí precisa melhorar mais, o que deve acontecer com a entrada dos novos jogadores que estão chegando ao time.

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Eles jogaram pouco, mas mandaram recado. Bissoli e Dentinho serão uteis ao Avaí. Kevin fez uma boa partida de estreia, Arthur Chaves vai se firmando na quarta zaga e Eduardo soma quando entra. Esperança sim, euforia pela boa largada não. O Avaí jogou contra dez jogadores do adversário o segundo tempo inteiro e teve dificuldades. Era para mais.

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Muito difícil

Viver o bom momento da largada faz parte do futebol. Uma análise mais profunda também. E então vamos encontrar por exemplo na Série B do Brasileiro nada menos que seis ex-campeões nacionais: Cruzeiro, Bahia, Vasco, Sport, Guarani e Grêmio. Olha como ficou forte a Série B. Já se fala em duas vagas garantidas, para Grêmio e Vasco. Penso que antes do Vasco o Bahia tem melhores condições técnicas. Ainda temos outros clubes de tradição no cenário nacional que podem surpreender.

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E a luta continua

É incrível que no futebol brasileiro ainda temos que conviver com gente que se diz torcedor, mas na verdade são verdadeiros criminosos. Os dois clubes mais populares do Brasil, Flamengo e Corinthians, pagam o preço da fama com infiltrações de marginais, que vêm ameaçando atletas e familiares a cada mau resultado.

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O pior de tudo é saber que no meio deles estão jovens se achando mais homem do que os outros, mandando recados para depois se arrependerem. E daí? E daí que fica por isso mesmo, até a próxima derrota.

Terrorismo puro em nome de uma paixão, que na verdade não existe. Um torcedor de verdade preserva o clube e os atletas em qualquer circunstância. Não é o caso.

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Assustado

E quem está estreando na condição de dirigente máximo de um clube de futebol certamente fica preocupado ao ler e ver certas notícias. O presidente do Avaí está assustado com a repercussão do cargo que passou a ocupar. Virou pessoa pública e não está acostumado com isso. Quando reconhecido é parado na rua ou para fotos e autografo e, principalmente, para cobranças dos resultados da equipe. Está se considerando autoridade. Espera que seja sempre assim: assédio para o bem. Embora já tenha vivido alguns momentos de angústia.

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Os técnicos

Muito bom o comportamento da torcida do Avaí em relação ao técnico Eduardo Barroca. Foi aplaudido de pé quando chegou à casamata antes do primeiro jogo do Avaí, contra o América-MG. Sinalizou apoio. Isso não é muito comum no futebol quando o time vem de um campeonato frustrante como foi o Estadual do Leão.

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Por outro lado, e já na 1ª rodada, dois técnicos foram demitidos. Alberto Valentim, no Athletico-PR, de boa passagem pelo clube, e Marquinhos Santos, que levou o América-MG a Libertadores.

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Giro Total

> A volta:

O futsal da Capital está de volta, com sub-20 e a categoria principal. Fruto de um trabalho da Fundação Municipal de Esportes. Está no Estadual. Bom para o esporte. 

> Basquete:

Estou impressionado com a movimentação na quadra de esportes da Praça Nossa Senhora de Fátima, no bairro Estreito, em Florianópolis.  

> Projeto:

O Basquete Transforma, da NSC, decolou de uma forma, que a partir dele o interesse pela modalidade foi gigante. Como é bom ver a praça cheia, com a gurizada jogando basquete. Também tem a ver com o trabalho da federação. 

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> Levou:

Um jogador da qualidade do Balotelli cabe em qualquer time catarinense. Fez um grande campeonato pelo Camboriú. O Brusque levou. Pergunta: Avaí e Figueirense não se interessaram ou não viram seu futebol?

> Ciclismo:

O grande Milton DellaGiustina está resgatando a prova ciclística Volta ao Morro, em Florianópolis, de tanto sucesso nos anos 1960. Será em outubro.

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