Minha principal meta na vida é expandir minha consciência. Desde que isso se tornou quase que um mantra, persigo minhas certezas contestando uma a uma; me desapego das velhas formas procurando rejuvenescer minha visão, me desafio para além porque deve haver algo mais do que a vida como ela está e suas definições já conhecidas. Essa semana escutei mais uma vez um dos tipos de frase que ecoa em mim, quando disse a pessoa que "esse é um momento de incertezas e que não sabemos do dia de amanhã". Mas, eu sempre me pergunto, desde quando sabemos e desde quando temos certezas? É preciso viver com a noção de que muitas ilusões estão rotuladas e cobertas pelo sentimento de segurança. 

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Uma crise apenas revela o que já existia e isso é tão nobre e valioso.

Quando a gente já não consegue mais ficar junto, quando não vende mais, quando não sabe o que fazer — tudo isso sempre esteve lá, silenciado pelo correr das horas dos dias sem mudanças, amortecidas pelo faturamento comum. E a crise anuncia a chegada da hora das viradas mais inesquecíveis. Uma crise dá voz ao que já grita na intuição e sempre, em qualquer época da vida a pergunta é: O que este momento de angústia deseja me trazer e ensinar? O que eu ainda não sei, não quis ver e não aceitei, que está descoberto, às vistas e desnudado em minha frente, agora e incontestavelmente?! Focados em nossas mais novas ações, atrelados ao desejo de "sair de onde estamos", finalmente sairemos.

E a crise anuncia a chegada da hora das viradas mais inesquecíveis.

O que mais me assombra é quando caímos no erro de culpar as crises e não as nossas escolhas. Se meu produto não vende, não será que é porque ele não nos é essencial e eu preciso repensar a forma de oferecê-lo? Não será que minha empresa precisa diminuir porque ela está "muito pesada" da forma como a construí, e precisa que eu retorne para as bases, para aprender processos básicos?! Não seria ao invés de alarmante e temeroso, ideal poder parar por um tempo? 

Quando alguém morre, quando há um divórcio, quando alguém nasce, quando somos promovidos, ou demitidos, sempre será necessário, em cada transição, de um tempo para avaliar, respirar e gerar os aprendizados, recarregar esperanças e perceber que, sem aquela mudança, jamais teríamos nos expandido a tal nova e mais indispensável medida.

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Acredito que, é possível, que nossos erros estão no quanto não queremos ver e falar das mudanças que acontecerão, fatalmente. Colaborar com o inevitável nem sempre é confortável, mas é tão útil e necessário. 

É por tudo isso e, de todo coração e, "com carinho" — como falava uma dos meus mestres — que acredito que o caminho para a integridade passará pelo aceitar, revelar e jamais manter-se do tamanho de nossas limitações, amando as possibilidade — mesmo as mais doloridas, de crescer e expandir quem somos. E, dessa forma, meu amor mais profundo, vai para você, toda crise que me exige e, por isso, me desperta — porque depois de você eu já não sou mais tudo o que eu sabia, e descubro mais sobre o sonho de ir além.

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