Em 1959, a Volvo apresentou uma inovação que transformou para sempre a segurança no trânsito: o cinto de segurança de três pontos. O dispositivo, criado pelo engenheiro sueco Nils Bohlin, passou a proteger ocupantes de veículos de forma mais eficaz, reduzindo drasticamente o número de ferimentos graves e mortes em acidentes. A primeira implementação foi no modelo Volvo PV544, e logo a tecnologia se espalhou pelo mundo.

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O novo sistema combinava simplicidade e eficiência. Ao prender tanto o tórax quanto a pélvis, o cinto de três pontos distribuía melhor a força do impacto, evitando lesões mais graves em colisões. A decisão da Volvo de não patentear o projeto permitiu que a tecnologia fosse adotada por outras fabricantes, ampliando seu alcance e impacto global.

Engenharia a favor da vida

Antes de trabalhar na Volvo, Nils Bohlin era engenheiro na indústria aeronáutica, desenvolvendo sistemas de ejeção para aviões. Sua experiência em lidar com forças extremas e proteger vidas foi essencial para a criação do novo cinto. Diferente das versões anteriores, que protegiam apenas a parte inferior do corpo, o modelo desenvolvido por Bohlin trouxe um salto em eficiência.

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Tecnologia acessível para salvar vidas

Ao optar por não patentear a invenção, a Volvo priorizou o bem coletivo. A empresa liberou o uso do design, possibilitando que fabricantes de automóveis do mundo todo adotassem o sistema de segurança. A estimativa é de que mais de um milhão de vidas tenham sido salvas desde então.

Reconhecimento e legado

A importância da invenção de Nils Bohlin é amplamente reconhecida. Em 2002, ele foi incluído no Hall da Fama dos Inventores dos Estados Unidos. Estudos apontam que o uso correto do cinto de três pontos pode reduzir em até 50% o risco de morte em colisões frontais.

Mais de seis décadas após sua criação, o cinto de segurança de três pontos permanece como um dos dispositivos de segurança mais eficazes e indispensáveis nos veículos modernos — um legado de inovação, responsabilidade social e compromisso com a vida.