Foi no subúrbio da Paris dos anos 1930 que nasceu o gypsy jazz, ou jazz cigano, estilo musical homenageado na 12ª edição do projeto Acústico Brognoli, que será realizado nesta quinta-feira no Teatro Ademir Rosa, em Florianópolis. A novidade fica por conta da fusão com os elementos da música eletrônica.

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A vertente do jazz foi encabeçada por Django Reinhardt, nascido em um acampamento cigano na Bélgica em 1910. Após um acidente, ele teve uma parte do corpo queimada e perdeu os movimentos de dois dedos da mão esquerda.

— Isso o levou a buscar caminhos alternativos e fazer com dois dedos o que a gente faz com os quatro na hora de tocar. Ele realmente é uma das maiores influências do jazz, hoje tem festivais no mundo inteiro dedicados ao jazz manouche, que é termo cigano em francês — explica o guitarrista Mauro Albert, que se apaixonou pelo ritmo e hoje se dedica à pesquisa da vertente.

Ao lado de Pedro Silvestre, Albert vai tocar guitarra gypsy no palco do projeto – ele na solo e Silvestre na rítmica (no jazz manouche, o violão rítmico faz o mesmo trabalho da bateria). Há também algumas diferenças entre o instrumento gypsy e outros modelos: o primeiro pode ter a abertura em forma de ¿D¿ ou pequena e oval, por exemplo. As cordas, ao invés de estarem presas no rastilho como nas guitarras acústicas, são presas por uma presilha, semelhante à do bandolim napolitano.

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— O gypsy jazz está despontando no Brasil. É uma música que está no nosso inconsciente porque está na moda, está nos filmes do Woody Allen, em comerciais. As pessoas às vezes escutam e acham que é jazz, mas é jazz cigano — conta o produtor Nani Lobo, que junto de Jeco Thompson assina a direção musical do espetáculo. Ele também vai tocar um baixo acústico (baixolão).

O show, intitulado Jazz & Beat, será dividido em três atos – o primeiro dedicado ao jazz cigano; o segundo ao jazz cantado, com participação da cantora e multinstrumentista argentina Danisa Fagan; e o terceiro terá a fusão com o eletrônico.

— E no final a ideia é unir tudo isso aí, que é o nosso desafio. A gente sempre faz uma pequena introdução à origem para as pessoas entenderem a diferença depois, e conta uma história — diz Lobo.

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No palco, o Dj Abner Zeus comandará as pick-ups. Os outros músicos participantes são Cristiano Forte na bateria, Rafael Calegari no contrabaixo acústico, Gabriel Vieira no violino e Caio Muniz no piano.

— Vai ser uma das experiências artísticas mais inusitadas, já toquei com outros instrumentistas mas com uma banda é a primeira vez. Vai ser bem diferente — empolga-se Zeus.

Agende-se

O quê: 12º Acústico Brognoli

Quando: 10 de novembro, às 21h

Onde: Teatro Ademir Rosa – CIC (Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica, Florianópolis)

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Quanto: R$ 40 Plateia Gold, R$ 30 Plateia Silver e R$ 20 Plateia Alta, à venda nas bilheterias dos Teatros Ademir Rosa (CIC), Pedro Ivo e Álvaro de Carvalho, nas agências Brognoli Aluguéis e Vendas e via Blueticket. Todos os valores têm direito a meia-entrada

Informações: (48) 3664-2628

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