Alunos, professores e funcionários da Escola Básica Municipal Acácio Garibaldi, na Barra da Lagoa, em Florianópolis, “abraçaram” a figueira do pátio em um ato simbólico contra sua derrubada. A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira, 27, e visa impedir que a árvore seja derrubada por conta de uma reforma prevista para a unidade.

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De acordo com a diretora Scheila Cristina Amado, de 31 anos, o projeto de reforma da escola prevê a ampliação do auditório justamente no espaço onde está a figueira. A comunidade escolar deixa claro que não é contra a reforma, mas pede para que o projeto seja adaptado a fim de preservar a árvore que tem mais de 20 anos de idade.

— Quando soubemos disso, iniciou-se o movimento (de defesa da figueira). É a maior árvore da unidade, tem uma sombra grande, por isso esse espaço é muito utilizado por professores e alunos como um espaço educativo, principalmente nos dias de calor — afirma a diretora.

O início da reforma estava previsto para o mês de agosto, mas ainda não começou a sair do papel. Enquanto isso, a empresa responsável pela obra tem ido à escola tirar as medidas para execução do trabalho.

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— Pedimos para ver o projeto, mas ainda não tivemos acesso. Porém, de antemão, a arquiteta responsável já disse que a árvore deve ser retirada — lamenta Scheila.

Para enfatizar o repúdio à retirada da figueira, a comunidade escolar lançou o “Manifesto Ficus” (Ficus é o nome do gênero da classificação científica da árvore), onde reforça o valor simbólico da figueira para a comunidade.

O que diz a prefeitura de Florianópolis

A Hora de Santa Catarina entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação para saber o posicionamento oficial a respeito do manifesto. Em nota, a pasta informou que fará estudos para promover mudanças no projeto de melhorias na Escola Acácio Garibaldi São Thiago, na Barra da Lagoa, visando a preservação da árvore denominada Ficus Benjamina.

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“A árvore seria removida para dar lugar à ampliação do auditório da unidade. A ideia é que esse espaço seja viabilizado em outra parte da escola. Inicialmente, a prefeitura queria a retirada da árvore uma vez que as fortes raízes do Ficus podem rachar paredes e calçadas e também obstruir o sistema de esgoto”, diz o texto.

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