Foi a classificação da persistência, de um time que não desistiu e que possui a alma sul-americana de seu treinador. A vitória incontestável por 3 a 1 do Atlético de Madrid sobre o Chelsea, em pleno Stamford Bridge, premiou o esforçado clube espanhol com a final da Liga dos Campeões. O Atleti está na ribalta do futebol europeu depois de 40 anos da malograda decisão de 1974, perdida para o Bayern de Munique.
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Antes da principal competição europeia começar, poucos apostavam qualquer coisa no sucesso do Atlético de Madrid. Com um estilo brigador, à cara de seu técnico Diego Simeone, este time está surpreendendo a todos. Não só pelo que faz na Champions mas também pela campanha no Campeonato Espanhol, onde poderá quebrar o revezamento entre Real Madrid e Barcelona.
Após empate em 0 a 0 no primeiro jogo, no Vicente Calderón, era do Chelsea a responsabilidade de buscar a vitória. Algo curioso para uma equipe que nesta temporada se destacou pelo seu jogo defensivista.
Apesar de precisar da vitória, Mourinho não abdicou de suas raízes. Bloqueou a entrada da área com Cahill, Terry, David Luiz e Ramires. Isso sem falar na presença de outros elementos defensivos, como Ivanovic, Ashley Cole e Willian. Nitidamente a ideia era conseguir um gol, esperar o tempo passar e, em determinado momento, parar o famoso “ônibus azul” em algum lugar.
Mas Simeone tinha outros planos. O Chelsea até saiu na frente, quando Fernando Torres bateu cruzado após jogada que teve como ponto forte a insistência de Willian. O atacante espanhol não comemorou, em respeito ao ex-clube, e Mourinho também não. Quem sabe para fazer tipo, ou quem sabe porque entendia que nada estava definido ainda.
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Era muito cedo para o “ônibus” aparecer, e o Atlético de Madrid tratou de se certificar que ele não passaria em Stamford Bridge desta vez. Tiago fez um belo lançamento, Juanfran acreditou até o fim na jogada e deu a deixa para Adrián López, dentro da área, empatar.
No segundo tempo, Mourinho se viu obrigado a soltar o seu time. Eto’o entrou no lugar de Ashley Cole. Ironicamente, cinco minutos depois de sua entrada, o camaronês virou o vilão ao derrubar Diego Costa dentro da área. O hispano-brasileiro soltou a bomba e desmontou de vez o Chelsea ao colocar o Atleti em vantagem.
A sorte estava também do lado espanhol. Fato comprovado quando a cabeçada certeira de David Luiz explodiu na trave de Courtois. Do outro lado a trave acabou ajudando Arda Turan, quando a bola cabeceada pelo turco acertou o poste de Schwarzer e o próprio camisa 10 completou para matar o jogo.
A estratégia de Mourinho, de deixar o tempo passar e vencer o adversário de maneira cirúrgica, não funcionou nesta quarta-feira. Se impôs o estilo de Diego Simeone, de um time que conhece suas limitações mas não desiste nunca.
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Agora a hora da verdade será em Lisboa, no dia 24 de maio. O Atlético de Madrid vai encarar o rival Real Madrid, o primo mais rico e famoso da capital espanhola. Os merengues estão mais acostumados a estes momentos. No entanto, mais do que nunca, o coração colchonero poderá fazer a diferença.
FICHA TÉCNICA:
CHELSEA 1 X 3 ATLÉTICO DE MADRID
Estádio: Stamford Bridge, Londres (ING)
Data/hora: 30/4/2014 – 16h45 (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA)
Auxiliares: Renato Faverani (ITA) e Elenito Di Libertatore (ITA)
Cartões amarelos: Cahill (CHE); Diego Costa (ATL), Adrián López (ATL)
Cartões vermelhos: Não houve.
GOLS: Fernando Torres 36’/1ºT (1-0); Adrián López 44’/1ºT (1-1); Diego Costa 16’/2ºT (1-2), Arda Turan 27’/2ºT (1-3)
CHELSEA: Schwarzer, Ivanovic, Cahill, Terry e Ashley Cole (Eto’o 9’/2ºT); Ramires, David Luiz, Willian (Schürrle 32’/2ºT) , Azpilicueta e Hazard; Fernando Torres (Demba Ba 22’/2ºT). Técnico: José Mourinho.
ATLÉTICO DE MADRID: Courtois, Juanfran, Miranda, Godín e Filipe Luís; Tiago, Mario Suárez, Koke e Arda Turan (Cristian Rodríguez 38’/2ºT); Diego Costa (Sosa 31’/2ºT) e Adrián López (Raúl García 21’/2ºT). Técnico: Diego Simeone.
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