Jogador de futebol profissional tem vários sonhos. Jogar em um time grande, defender a Seleção Brasileira e se destacar no futebol europeu. Outro sonho bastante desejado é jogar no Maracanã. Imagina então em uma partida recheada de estrelas como Ronaldo, Bebeto, Renato Gaúcho e Djalminha quando o estádio mais famoso do Brasil é reinaugurado depois de ser totalmente modernizado.
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Pois duas itajaienses estavam lá, dentro de campo, participando ativamente do espetáculo – Maira Americano Labes, 25 anos, e Nadine Schramm Câmara Bastos, 30, foram as árbitras assistentes (popularmente conhecidas como bandeirinhas) deste jogo.
Para quem não acompanha muito futebol pode parecer novidade ver essas duas belas mulheres tendo que dar conta de 22 marmanjos. Mas elas já são experientes e figurinhas carimbadas nos jogos do Campeonato Catarinense. A ponto de a convivência delas em um mundo predominantemente masculino ter se tornado comum.
– No começo ouvíamos mais cantadas, mas agora mulher na arbitragem já não é tanta novidade e está mais tranquilo trabalhar – conta Maira.
Elas se conhecem desde 2007, quando ingressaram juntas no curso de arbitragem. Logo, começaram a trabalhar juntas no futebol amador feminino, depois no juvenil e só então no profissional. Depois disso, fizeram o mesmo ciclo no futebol masculino.
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Maira é personal trainer e ajuda a cirurgiã dentista Nadine nos treinos físicos, principalmente na academia. Mas elas confessam que essa é a parte mais difícil de ser assistente de arbitragem.
– Nos treinamentos, tanto físicos como de concentração, é preciso dedicação e determinação. Mas isso é muito gratificante quando percebemos que estamos realizando nosso trabalho da melhor maneira possível – diz Nadine.
A personal trainer terá que passar por um teste no ano que vem para tentar entrar no quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e poder chegar mais perto de onde está a dentista, hoje já aspirante Fifa. E é justamente a parte física que, segundo Maira, deve ser a mais difícil.
– Para mim, a preparação física é a parte mais difícil, até porque temos que conciliar os treinamentos com o nosso dia a dia fora do futebol – diz ela.
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