São poucas as famílias que podem se orgulhar de ter dois campeões mundiais. Num mesmo esporte, então, o feito é ainda mais raro. Acontecimentos como esses, que entram para a história, foram presenciados duas vezes pelos brasileiros nesse fim de semana. No sábado, o piloto norte-americano Kenny Robert Jr. fez o que o pai já fizera, ao conquistar o título mundial de motovelocidade no GP Brasil, no Rio de Janeiro. Ontem foi a vez do australiano Beau Young, 26 anos, repetir o gesto do pai, o lendário surfista Nat Young, quatro vezes o número 1 do mundo. Beau ficou com o troféu do Oxbow World Longboard Championship, disputado na Praia do Rosa, Imbituba, depois de derrotar na final o amigo – e campeão de 98 – Joel Tudor, dos Estados Unidos, em ondas de até 1 metro de altura. Marcelo Freitas foi o melhor brasileiro no campeonato. De vice-campeão em 1999, na Austrália, Freitas ficou em quinto lugar no Rosa e reclamou muito do julgamento. Com notas 8, 7,35 e 5,6, o carioca vencia sua bateria nas quartas-de-final contra o australiano Jye Byrnes, que precisava de 7,41 para assumir a liderança e ganhou 7,75 na última onda. O placar final foi 20,95 a 21,3 para Byrnes. – Ele não fez nada naquela onda e não merecia mais que um 6,5 – lamentou Freitas, atual campeão do Isa Surfing Games. Picuruta Salazar (foto), de 39 anos, vai ter de esperar mais um pouco pelo tão sonhado título profissional. Ele ficou em terceiro lugar nas oitavas-de-final, perdendo para Amaro Matos. – Já que temos tempo de espera e possibilidade de transferência do evento, o campeonato não deveria estar acontecendo hoje (sábado) – disse Picuruta, que tem 142 títulos na carreira. Ano que vem, o título mundial de longboard será decidido pela primeira vez em um circuito de cinco etapas.

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