Os três candidatos que lideram a corrida ao governo de Santa Catarina participaram de uma sabatina, ontem em Florianópolis, organizada por empresários catarinenses na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
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Raimundo Colombo (PSD), candidato a reeleição, Paulo Bauer (PSDB) e Cláudio Vignatti (PT) falaram sobre legados, propostas e problemas a enfrentar para uma plateia preocupada com crescimento da economia estadual.
Eles focaram em temas como obras de infraestrutura, impostos e até o custo da energia. Colombo, Bauer e Vignatti assumiram compromissos com os empresários, como o de não aumentar impostos estaduais, e prometeram ouvir os anseios do setor, se eleitos, nos próximos quatro anos. Cada um falou durante 15 minutos e depois respondeu a perguntas dos participantes.
– Nosso partido é a indústria. O que esperamos de quem vença, independente de quem seja, é um compromisso com o setor – disse o presidente da Fiesc, Glauco Corte.
::: Colombo: “Há 60 anos não tínhamos nenhuma universidade, nem um quilômetro de estrada asfaltado”
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::: Bauer: “Precisamos de gestão e planejamento”
::: Vignatti: “A infraestrutura hoje freia o desenvolvimento de SC”
No ato, também os candidatos também receberam um documento chamado “Carta da Indústria”. Ele compila 126 sugestões na esfera estadual e federal de ações que ajudem a desenvolver a indústria catarinense. Para chegar às propostas, foram entrevistados 360 industriais de Santa Catarina de todas as regiões do Estado.
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:: Alfinetadas
Vignatti aproveitava cada oportunidade para criticar os gastos das Secretarias de Desenvolvimento Regional, que afirmou ser de R$ 500 milhões. As alfinetadas foram o ponto de partida para um rápido bate-boca.
– Tem que se ter cuidado com os números: R$ 480 milhões das SDRs são investimentos e 43% dos jovens fora da escola só se for nas férias. É ridículo – cutucou Colombo em sua fala.
– Para responder o governador, que me fez uma provocação, os R$ 500 milhões de custo vem de um relatório do Tribunal de Contas do Estado, do cabidaço que o senhor falava antes. E os 43% que estão fora da escola são os jovens do ensino médio, não do fundamental – disse o petista, minutos depois, no seu discurso.
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Mas o “debate” acabou com um comentário do terceiro participante da disputa.
– Eu estou gostando dessa discussão dos dois eleitores da presidente Dilma Rousseff. Vou ficar assistindo – disse Paulo Bauer (PSDB).