O projeto que legaliza os jogos no Brasil saiu da lista de prioridades do governo Temer. Polêmica, a proposta será votada dentro do ritmo do Congresso. O recado aos aliados é claro: o segundo semestre será de foco nos projetos considerados fundamentais pela equipe do ministro Henrique Meirelles (Fazenda).

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Mesmo que represente aumento de arrecadação, o projeto dos jogos é de difícil consenso e desvia a atenção. Se o impeachment da presidente Dilma for confirmado – e tudo indica que isso ocorrerá – Michel Temer terá que comprovar ao mercado que tem condições políticas de colocar em pé as reformas prometidas. A pesquisa Datafolha mostra que há otimismo com relação ao futuro da economia, o maior patamar desde 2014. Confiança é o melhor patrimônio que Temer poderia ter neste momento. Mas a partir do impeachment, ele será cobrado por realizações. Uma da ideias para acelerar as votações é aproveitar projetos que já tramitam no Congresso sobre mudanças nas leis trabalhistas e nas agências reguladoras.

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De castigo

O novo ministro do Turismo será indicação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Desde que Henrique Eduardo Alves deixou o cargo, a pasta está sob comando de um interino. A bancada do PMDB de Minas Gerais, que tanto queria o ministério, ficou na vontade. O Planalto não gostou nada do apoio dos mineiros à candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PI) à presidência da Câmara.

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Apertando

Beneficiários do Bolsa Família que estiverem na lista dos suspeitos de irregularidades terão até seis meses para comprovarem que têm direito aos repasses. Atualmente, este tempo é de um ano, mas um grupo de trabalho do Ministério do Desenvolvimento Social está revisando prazos. Há quem defenda o corte imediato.

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Alternativa

O ministro Maurício Quintella (Transportes) desembarca em Santa Catarina em agosto para inaugurar a ponte de Tubarão e revisar as obras federais prometidas para o Estado. Sem recursos em caixa, a aposta agora é no programa de concessões.

Derrete

A pesquisa Datafolha também mostra que o ex-presidente Lula vem perdendo fôlego para as eleições de 2018 à Presidência. Embora ainda seja competitivo, pois lidera no primeiro turno, não garante mais vitória no segundo turno e poderia ser derrotado, conforme a pesquisa, por Marina Silva (Rede) ou José Serra (PSDB).

* Estarei em férias a partir desta terça-feira (18/07). A coluna ficará com o repórter Guilherme Mazuí.

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