O desempenho da Chapecoense nos últimos tempos parece ter uma simbiose com Wellington Paulista. No Catarinense do ano passado, ele foi bem e o time foi campeão. Quando desandou a fazer gol, o clube terminou o Brasileiro na oitava colocação. Nesta temporada, o jogador foi afastado do grupo e colocado em xeque, assim como a equipe dentro de campo, que entrou na zona de rebaixamento sem ele. Mas foi só o WP9 voltar na última partida, fazer gol e tudo parece se encaixar novamente. O goleador e o Verdão estão alinhados nos objetivos: evitar o rebaixamento, que tem significados diferentes. Para Wellington, vale a recuperação do prestígio. Para a Chape, mais um ano na elite.
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Mesmo após a volta com gol da vitória diante do América-MG, a tendência é que inicie o jogo novamente no banco de reserva contra o Bahia, às 19h deste domingo, em Salvador. Um processo natural para um atleta que, até a última semana, não treinava com o grupo principal do Verdão. Independentemente disso, ele está alegre e confiante de que pode ajudar, mesmo que ainda esteja um pouco chateado com o que ficou para trás.
– Para mim, foi uma surpresa, foi constrangedor. Não sabia o que falar em casa, ninguém falou o motivo (do afastamento). Meu pai me ligou cobrando o que aconteceu. Recusei propostas de outros times, como Avaí e Figueirense, mas não aceitei pois para mim era questão de honra. Se um dia sair da Chapecoense, será pela porta da frente – disse o atacante, que foi afastado do elenco principal quando Guto Ferreira era o treinador e a situação nunca ficou completamente esclarecida publicamente.
Enquanto o jogador vivia o momento mais difícil da carreira, a Chapecoense afundava. Até que finalmente o atleta foi liberado para atuar pelos aspirantes num jogo contra o Internacional. Entrou no segundo tempo e fez dois gols. Depois, fez mais dois, contra Santos e Coritiba. Os maus resultados da equipe principal e o ingresso na zona de rebaixamento derrubaram Guto Ferreira, com quem o atacante disse não conseguir nem conversar.
Claudinei Oliveira deu voto de confiança a Wellington Paulista
Com a chegada de Claudinei Oliveira, ganhou o voto de confiança que precisava. No jogo contra o América-MG, a Chapecoense precisava ganhar para seguir viva no campeonato. WP9 foi relacionado para o elenco principal pela primeira vez em quase dois meses. E viu do banco um primeiro tempo sem gols.
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— Não tinha tanta ansiedade desde os tempos da base. Fiquei muito nervoso. Daí a torcida começou a gritar meu nome e aumentou. Quando entrei, tentei dois lances, aí a bola rodou e foi no Bruno Pacheco. Eu já me preparei no segundo pau, pois sei que ele cruza forte. Na comemoração, nem sabia se eu tirava a camisa, se erguia para não tomar cartão, se abraçava ou se dava carrinho – lembra Wellington.
O atacante diz que é necessário somar pontos contra o Bahia e Santos. E lembrou que, no ano passado, fez o gol da vitória contra os baianos, por 1 a 0, fora de casa. Para esse jogo, disse que não importa sair jogando ou entrar depois. Após recuperar sua imagem, quer ajudar a recuperar a pontuação do time.
– Eu quero ajudar a manter a Chapecoense na elite. Tenho mais um ano de contrato, tenho uma história aqui no clube e quero deixar coisas bem – afirmou.
Chape testa opções para enfrentar o Bahia
No último treino realizado em solo catarinense antes da viagem para Salvador, onde enfrenta o Bahia às 19h deste domingo, o técnico Claudinei Oliveira fez alguns testes na equipe titular do Verdão. No setor ofensivo, colocou Wellington Paulista em determinado momento da atividade para fazer dupla de ataque com Leandro Pereira. Na defesa, sacou Barreto para observar Fabrício Bruno compondo uma linha de três defensores.
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No entanto, a tendência é que ele mantenha o time que iniciou jogando no último sábado, quando a Chapecoense venceu o América-MG por 1 a 0 com gol de Wellington Paulista.
FICHA TÉCNICA
BAHIA: Douglas; Nino Paraíba, Douglas Grolli, Lucas Fonseca e Léo; Nílton e Gregore; Ramires, Zé Rafael e Élber; Júnior Brumado. Técnico: Enderson Moreira
CHAPECOENSE: Jandrei; Eduardo, Thyere, Douglas e Bruno Pacheco; Amaral e Barreto; Doffo, Canteros e Osman; Leandro Pereira. Técnico: Claudinei Oliveira
ARBITRAGEM: Flávio Rodrigues de Souza, auxiliado por Alex Ang Ribeiro e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (trio de SP).
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HORÁRIO: às 19h deste domingo.
LOCAL: Arena Fonte Nova, em Salvador.
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