Uma nova audiência envolvendo advogados da Chapecoense e representantes dos familiares das vítimas do acidente aéreo de novembro de 2016 foi mediada nesta quinta-feira (2) pela Justiça do Trabalho. Através de videoconferência, a reunião teve o objetivo de renegociar parcelas em atraso de acordos firmados em 28 processos.
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A reunião durou três horas e começou com uma proposta inicial da Chapecoense, que foi debatida entre os envolvidos e negada. Uma segunda proposta foi apresentada ao fim da reunião, com a promessa de resposta dos credores (familiares das vítimas) até o dia 14 de julho.
De acordo com o juiz Roberto Nakajo, que mediu a audiência pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), as partes se mostraram dispostas ao entendimento:
– É um caso que requer uma atenção especial da Justiça do Trabalho. Envolve um dos principais clubes do futebol catarinense e famílias que passaram por aquela que é considerada a maior tragédia do futebol brasileiro. Por isso entendo que a conciliação é a melhor solução que podemos alcançar, principalmente neste grave momento de pandemia.
Como justificativa para a necessidade de negociação das parcelas, a Chapecoense citou problemas financeiros que afetam o clube desde o ano passado, com a queda para a Série B do Campeonato Brasileiro e a redução do número de sócios.
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Com a pandemia e a suspensão das partidas, a situação se agravou. A Chapecoense fechou o primeiro trimestre de 2020 com déficit de R$ 4,3 milhões. Em relação aos acordos trabalhistas, foram pagos até agora R$ 11 milhões, cerca de 30% da dívida negociada.
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