Santa Catarina tem três cidades entre as 10 do país com maior concentração e variedade de firmas focadas em serviços especializados que prestam apoio a grandes empresas. O cálculo considera a proporção desse tipo de organização em relação ao total de empreendimentos na cidade e no país. Em quarto lugar aparece Blumenau, atrás apenas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
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Em oitava e décimas posições, respectivamente, aparecem Florianópolis e Joinville. Na prática, são serviços que exigem domínio intensivo de conhecimento, como arquitetura, engenharia e tecnologia da informação e que têm como clientes outras empresas.
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Os índices fazem parte do livro Brasil: uma visão geográfica e ambiental no início do século XXI, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), lançado nesta segunda-feira, uma compilação de dados históricos sobre a sociedade brasileira desde a década de 1940 aos dias atuais. Santa Catarina também se destaca em índices ambientais e sociais como esperança de vida ao nascer, baixas taxas de filhos por mulher e de mortalidade infantil.
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Segundo o IBGE, as chamadas firmas de serviços avançados de apoio a empresas funcionam como um termômetro do grau de sofisticação das economias locais, ligando-se às empresas mais dinâmicas por atividades inovadoras e de alto valor agregado. Elas servem como agentes de ligações a distância, principalmente eletronicamente, com outros grandes centros do país para atender seus mercados, além de serem polos de atração de sedes, escritórios e filiais de corporações nacionais e internacionais.
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– São o que chamamos de serviços de desenvolvimento de programas de técnicas especializadas, com caráter de conhecimento maior. No fundo, diz respeito a essa terceirização de serviços especializados. Isso já vinha crescendo há uns 15 ou 10 anos. Recentemente fiz um estudo sobre o tema e Criciúma e Chapecó também aparecem em destaque, mas com menor crescimento – explica Nazareno Schmoeller, professor de Economia da Universidade Regional de Blumenau (Furb).
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Conforme apontam os pesquisadores Marcelo Paiva da Motta e Ronaldo Cerqueira Carvalho, que assinam o capítulo sobre o tema no livro do IBGE, a hegemonia de São Paulo e Rio de Janeiro no índice era esperada por deterem a maior fatia, em números absolutos, desse tipo de empresas. Mas, segundo os autores, as cidades catarinenses chamam a atenção por demonstrar a capacidade das corporações e instituições locais em atrair os serviços avançados.
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