Os cinco réus – acusados de matar o policial militar Joacir Roberto Viera em agosto de 2017 – foram condenados durante júri popular nesta quinta-feira (9), em Joinville. Juntas, as penas chegam a 76 anos de prisão. A sentença, assinada pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski da Vara do Tribunal do Júri, foi determinada após 17 horas de julgamento no Fórum da cidade. A sessão terminou à 1 hora desta sexta-feira (10).

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O réu Rodrigo Ferreira de Lima foi condenado a 29 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de homicídio e associação criminosa; Lucas Fernando Comandolli recebeu pena de 28 anos pelos mesmos crimes e mais o de receptação. Já os outros três acusados foram condenados por associação criminosa: Jeffeson Diego Padilha teve sentença determinada em oito anos e dois meses; Rafael Vicente da Silva há cinco anos e quatro meses e Grazieli de Freitas de Oliveira, com cinco anos e quatro meses.

O promotor de Justiça, Marcelo Sebastião Netto de Campos, utilizou 2h30 para explanação da acusação, assim como os cinco advogados de defesa também utilizaram o mesmo tempo . Não foi solicitada a réplica pelo Ministério Público. Agora, os advogados de defesa dos cinco condenados terão cinco dias de prazo para recorrer à sentença.

Crime aconteceu após determinação de organização criminosa

A investigação da Delegacia de Homicídios (DH) apontou que a morte de Joacir foi encomendada por uma organização criminosa que atua no Estado. Segundo o inquérito policial, a motivação do crime foi uma dívida que um dos acusados tinha com a facção por ter matado duas mulheres, em setembro de 2016, sem a "autorização do comando" para realizar o crime.

A execução PM aconteceu durante um "salve" da organização criminosa, que culminou na onda de ataques, em 2017, à delegacias e agente de segurança pública no Estado. A ordem foi dada como "punição" à Rodrigo. Durante o júri popular desta terça, também houve menção de que sobre a morte do agente penitenciário, Elton Máximo, em 18 de agosto, aconteceu durante a mesma onda de ataques.

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Relembre o caso

O crime aconteceu no fim de agosto, enquanto o PM comprava um presente para o filho que estava de aniversário. Joacir estava de folga e foi surpreendido pela ação de dois dos acusados. A execução aconteceu 15 dias depois que o Rodrigo saiu sistema prisional. Para "pagar" a dívida com o comando da facção, ele recebeu a “missão” de assassinar um agente de segurança publica.

Após o homicídio, os homens fugiram do local em um carro modelo Fiesta. O veículo utilizado no crime foi furtado no dia 04 de agosto, na cidade de Rio Negrinho, e incendiado horas depois do assassinato no bairro Ulysses Guimarães.

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