EDUCAÇÃO
Interdição das escolas
Com base nos dados do Corpo de Bombeiros, das mil e poucas escolas do Estado, mais de 500 não têm proteção contra incêndio. Nem as redes elétricas estão preparadas para colocar ar-condicionado. O Governo Federal liberou recurso para refrigerar as escolas, mas os ar-condicionados estão jogados em um canto. Precisamos preparar a escola para o uso de tecnologias. Quarenta e oito por cento dos estudantes do ensino médio estão fora da sala de aula, e 43% dos que vão para a sala de aula não concluem. Um Estado como o nosso só tem cerca 30% que concluem o ensino médio. Isso não é um Estado desenvolvido.
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A escola no ensino médio não é mais um centro de referência para aprendizagem, e ela está tão ultrapassada que não é mais atraente para o jovem. Precisamos munir a escola com tecnologia, digitalizar o livro e oferecer o tablet. Mas tem que ter Wi-fi e rede elétrica. Pela experiência que temos hoje, é melhor ter um fundo e repassar o recurso à Associação de Pais e Professores (APP) para que ela monitore a adequação da escola. É melhor do que licitar, que leva tempo. Quando for para reformar a parte elétrica ou fazer um processo de digitalização da escola, aí se faz a licitação pública.
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Ensino profissionalizante
A primeira escola técnica federal do governo Lula foi inaugurada em Chapecó, depois de uma emenda minha, onde a gente conseguiu mudar a lei. Na época, era um Cefet; hoje, é o IFSC, primeiro campus inaugurado no interior do Estado. A partir daí, passamos a instalar campus em várias áreas e eu coloquei recurso todo ano por meio de emendas parlamentares. Somos o Estado que mais expandiu o ensino técnico público. Joinville não tinha um IFSC. E também somos o único Estado que tem um modelo para área rural e urbana. Os institutos não tinham ensino superior. Olha Araquari hoje, com a veterinária.
Além do Pronatec, o Estado tem que retomar também o ensino profissionalizante. Pode ser com o contraturno, mas pode ser também por meio das escolas técnicas estaduais que o Estado abandonou nos últimos anos. Precisamos aumentar as escolas técnicas próprias. Elas podem ser um complemento do ensino médio, como ocorre na escola técnica federal. Esse é um processo que nós vamos montar. Primeiro vamos ter que trazer o jovem para o ensino médio, porque ele está fora, para daí trazer ele para uma oportunidade de vida melhor.
Ensino médio integral
A escola integral é um bom discurso, todo mundo usa do ponto de vista político. Se colocarmos a escola integral, não vamos ter estrutura para colocar em todos os lugares. Tem que ter a opção de escola integral para quem quer, mas não pode ser uma política geral. O que precisa na escola é o contraturno. Garantir acesso para quem necessita do reforço escolar. Mas tem que ter atividade recreativa, esportiva e cultural, que seja no mínimo duas vezes por semana e obrigatória. Pode fazer dança, violão, teatro, Pronatec, capacitação, natação ou alguma atividade dentro da formação de atletas.
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Não podemos não ter um plano de cargos e salários que valorize quem faz pós-graduação, mestrado ou doutorado. E precisamos preparar a escola para o estudante que está chegando. Ele tem muito mais conhecimento do que o próprio professor em várias áreas. Precisamos capacitar o professor para isso, usar a nossa rede de universidades comunitárias, a Udesc, as universidades federais e repensar o modelo da educação em Santa Catarina. Vamos ter R$ 500 milhões na partilha do pré Sal no Estado para fazer investimentos na educação.