O Colégio Catarinense, alinhado à missão confessional e ao compromisso com a formação integral dos estudantes, tem como preocupação combater o bullying e o cyberbullying no contexto escolar. Como forma de prevenção, a instituição aposta em promover ações junto aos estudantes, que envolvem palestras com especialistas e momentos de debate e conscientização.

Continua depois da publicidade

Desde as décadas de 1980 e 1990, o termo bullying é utilizado no ambiente escolar para descrever comportamentos agressivos ou vexatórios, cometidos por múltiplas vezes por um ou mais indivíduos, contra uma ou mais pessoas. Ao longo do tempo, esse tipo de agressão pode prejudicar a vítima, gerando traumas que interferem na aprendizagem e na socialização. 

Dando muita importância a essa problemática, o Colégio Catarinense trabalha o assunto há alguns anos, com turmas de variadas idades — desde a educação infantil até o ensino médio. A instituição acredita que a educação vai além do aprendizado teórico, integrando a dimensão cognitiva ao desenvolvimento emocional, social e espiritual dos alunos — aspectos que considera essenciais para uma convivência harmoniosa e saudável com o mundo e com os demais.

Ações que geram prevenção

De acordo com a professora Juliana Faoro, que atua com a orientação de aprendizagem de estudantes da 8º e 9º anos, explica que o Serviço de Orientação de Aprendizagem do Colégio Catarinense desenvolve, anualmente, o projeto “Bullying, Cyberbullying e suas variantes”. O cronograma envolve todos os estudantes da instituição, que recebem orientações para refletir sobre o tema. 

— Em 2023, por exemplo, convidamos o professor Gilson Santana, especialista em bullying, para uma conversa esclarecedora com os estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Já em 2024, a própria equipe de orientadores se encarregou de elaborar e conduzir uma ação junto a cada uma das turmas. Utilizamos vídeos, rodas de conversa e conectamos as ações com o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Amizade Social” — comenta a professora.

Continua depois da publicidade

Segundo ela, durante o processo, as profissionais buscaram reforçar a importância da empatia, do respeito e da solidariedade entre os colegas. Além disso, o Colégio Catarinense também conta com algumas parcerias — a exemplo da Polícia Militar e da Polícia Federal — para trazer aos estudantes palestras sobre prevenção ao bullying e também ao combate do uso de drogas. 

— O Colégio Catarinense é uma escola confessional e integra a Rede Jesuíta de Educação, o que torna prioritário o desenvolvimento de temas que contribuam para a formação integral de nossos estudantes. Sabemos que a adolescência é um período muito intenso, em que as amizades têm um papel significativo nas escolhas e decisões. Por isso, nos empenhamos em realizar ações que visem a sensibilizar os alunos, orientando-os a fazerem boas escolhas e tomarem decisões alinhadas aos valores que promovemos em nossa instituição — reforça Juliana.

Incentivo ao desenvolvimento emocional

Uma das frentes de trabalho adotadas pelo Colégio Catarinense é o incentivo ao desenvolvimento de competências socioemocionais, entre elas, a ética, a autogestão, a criatividade, a responsabilidade socioambiental e a criticidade. Essas habilidades são trabalhadas de forma transversal, integradsa ao currículo escolar, contribuindo para que os alunos compreendam o impacto de seus comportamentos nas relações interpessoais.

Continua depois da publicidade

Entre as metodologias aplicadas, um dos destaques é o método A.N.C.O.R.A., que estrutura a resolução de conflitos em seis etapas: acolher, nomear, compreender, organizar, regular e agir. A abordagem é utilizada para orientar os alunos em situações desafiadoras do cotidiano escolar, o que resulta no incentivo à reflexão e ao diálogo como formas de prevenir e mediar problemas.

A professora Adriana de Araújo, que atua junto ao Serviço de Orientação de Aprendizagem dos estudantes do 3º, 4º e 5º anos, enfatiza que o Colégio Catarinense sempre está atento aos compromissos com a comunidade educativa e com o desenvolvimento integral dos estudantes. Por isso, as habilidades socioemocionais são parte integrantes da formação inaciana. Todos os educadores são convidados a acolher os estudantes, auxiliando no processo de mediação de situações conflituosas. 

— Entendemos que as modificações e mudanças de comportamento e interações sociais nas novas gerações, que vêm também de maiores acessos às novas tecnologias, aplicativos, comunidades nas redes sociais, fazem com que os estudantes entrem em contato com todo o tipo de informação. Com isso, percebemos a necessidade da elaboração do projeto com ações voltados especificamente para a prevenção e combate ao bullying e cyberbullying — explica. 

Ela comenta, ainda, que o objetivo é promover um convívio social harmonioso na escola, estimulando diálogos e ações contínuas durante o ano letivo, fomentando relações saudáveis, inclusivas e respeitosas para todos. Entre as atividades, estão rodas de conversas, palestras informativas, debates e outras ações. 

Continua depois da publicidade

Sustentabilidade, pedagogia e solidariedade são abordados em projeto do Colégio Catarinense

Já a professora Claudia Espindola, que orienta os estudantes no 6º e 7º anos, reforça que os professores também fazem um trabalho de conscientização nas salas de aula, com conversas entre alunos e professores e aulas reflexivas. A conversa tem como intenção oferecer um espaço aberto para que os estudantes possam conversar, trocando experiências e abordando as próprias opiniões sobre o assunto.

Em outro momento, uma perita criminal da Polícia Federal e um sargento da Polícia Militar conversaram com os estudantes sobre formas saudáveis de evitar o bullying. A prevenção ao uso de drogas também foi abordada, estimulando que os estudantes tenham informações para conduzir as próprias vidas com saúde e equilíbrio.

— Estudamos bastante o assunto e fizemos um levantamento dos principais desafios, tanto dos nossos alunos quanto de outras escolas e da cidade. Depois, fizemos um roteiro de como gostaríamos de abordar cada assunto, elaboramos um projeto sobre isso e buscamos parcerias. A equipe avalia que cada uma das ações causou impacto, uma vez que permitiram que os estudantes se sentissem confortáveis para lidar com os desafios da sala de aula e do mundo — comenta.

Claudia afirma que os resultados tem sido favoráveis, já que os estudantes se engajaram para ajudar os colegas e evitar qualquer prática constrangedora no âmbito escolar.

Continua depois da publicidade

— Hoje, percebemos que a maioria das crianças tem a escola como principal fonte de socialização. Por isso, todos os enfrentamentos e aprendizagens que eles tinham antes, ao brincar na rua ou no condomínio, acaba se concentrando no ambiente escolar. Por isso, cabe aos profissionais da educação trazerem essa discussão e trabalharem esses assuntos — explica Claudia. 

Para o próximo ano, a escola busca reeditar as rodas de debate, sensibilizando ainda mais seus estudantes para a importância desses temas e para a construção de relações sociais mais empáticas e justas. 

Para saber mais sobre a metodologia do Colégio Catarinense, acesse o site da instituição.