Em 2025, a Páscoa deve gerar um crescimento nas vendas de chocolate feitas pela internet. Segundo a Associação Brasileira de e-commerce em Santa Catarina (ABComm/SC), o Estado faturou aproximadamente R$ 5,13 milhões durante a Páscoa, em 2024. O presidente da ABComm/SC, Cristiano Chaussard, diz que para este ano a Associação projeta um crescimento de 10% nas vendas online de produtos de Páscoa em Santa Catarina, elevando o faturamento para cerca de R$ 5,64 milhões.
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Para o presidente da Associação, o e-commerce tem sido fundamental para impulsionar a venda de produtos além dos tradicionais ovos de chocolate durante a Páscoa. Segundo Chaussard, a flexibilidade do canal digital permite que os varejistas ofereçam uma variedade maior de produtos personalizados, como essas cestas temáticas e kits de presentes, atendendo às preferências individuais dos consumidores.
Ainda de acordo com o presidente, a capacidade de segmentação e personalização das campanhas de marketing online facilita a promoção desses produtos, aumentando sua visibilidade e atratividade.
As vendas de e-commerce em Santa Catarina têm apresentado um crescimento consistente. No primeiro trimestre de 2024, o Estado representou 4,78% do varejo online total brasileiro, evidenciando uma margem significativa para expansão e investimento.
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Com alta nos preços, e-commerce oferece vantagens
Além das preferências de produtos, de acordo com o relatório da CX Trends 2025, realizado pela Octadesk e pela Opinion Box, 75% dos consumidores que pesquisam produtos e serviços pela internet dão preferência a empresas que oferecem programas de benefícios.
Chaussard também avalia que programas de benefícios têm se mostrado ferramentas eficazes para influenciar positivamente a decisão de compra dos consumidores.
— Em Santa Catarina, onde o consumidor é conhecido por seu comportamento racional e busca por vantagens tangíveis, estratégias como cashback e acúmulo de pontos têm contribuído para aumentar a fidelização e a frequência de compras online. Esses programas não apenas incentivam a recompra, mas também fortalecem o relacionamento entre marcas e consumidores, criando um ciclo virtuoso de engajamento e lealdade — afirma.
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Além disso, transações realizadas por dispositivos móveis, como smartphones e tablets, devem representar mais de 45% do total das compras para o período.
No Estado, 79,8% dos consumidores utilizam smartphones para realizar compras online, superando a média nacional. A tendência reforça a necessidade dos varejistas de otimizarem suas plataformas para dispositivos móveis, garantindo uma experiência de compra fluida e responsiva.
Segundo Chaussard, a integração de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e chatbots, pode aprimorar ainda mais a experiência do cliente, oferecendo recomendações personalizadas e suporte em tempo real.
Brasileiros preferem e-commerce
De acordo com o Instituto de Pesquisa Nielsen, no ano passado, 65% dos consumidores compraram seus produtos de Páscoa via e-commerce, no Brasil. A previsão para este ano é que essa participação nacional ultrapasse 70%.
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Em 2024, o e-commerce brasileiro faturou R$ 107,5 milhões com vendas de chocolates e produtos de Páscoa, representando um aumento de 8,1% em relação ao ano anterior.
Conforme os dados da Nielsen, além dos tradicionais ovos de chocolate, outros produtos como cestas temáticas, kits de presentes personalizados e artigos de decoração devem ter impacto nas vendas online, com um aumento estimado de 20% comparado ao desempenho de 2024.
Gasto médio com produtos relacionados à Páscoa
A Páscoa representa uma oportunidade estratégica para o varejo brasileiro, impulsionando as vendas no início do segundo trimestre. Conforme a Kantar (rede de dados, insights e consultoria sobre consumo, desempenho e investimento de mídia em Florianópolis), entre março e abril do ano passado, o volume de comercialização de chocolates, no Brasil, cresceu 15% em relação a 2023.
Para este ano, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) projeta um crescimento que varia entre 8% e 12% nas vendas em comparação a 2024.
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A Associação Brasileira de E-commerce em Santa Catarina aponta ainda a intenção de gasto médio dos catarinenses para esta Páscoa: R$ 228,42. Esse aumento, de acordo com o presidente da ABComm/SC, reflete a crescente confiança dos consumidores no canal digital e a adaptação dos varejistas às demandas específicas do período, oferecendo produtos personalizados e serviços de entrega eficientes.
Já outro levantamento, da Fecomércio/SC, mostra que os catarinenses pretendem gastar, em média, R$ 233 em compras na Páscoa deste ano, sejam compras online ou em lojas físicas. Este seria o maior valor da série histórica iniciada pela federação em 2018.
De acordo com a Fecomércio, o valor representa um aumento de 2,1%, porém, considerando os efeitos da inflação, a intenção de compra apresentou uma queda de 2,6%. O recuo, conforme apresenta a federação, já era esperado, dado o cenário de alta nos preços da economia brasileira e da redução geral da intenção de consumo das famílias catarinenses nos últimos meses.
Apesar disso, 60,7% dos consumidores acredita que sua situação financeira está igual ou melhor.
Florianópolis lidera a intenção de gastos para a data
A intenção de gasto para a Páscoa cresceu em cinco das sete cidades analisadas pela Fecomércio/SC, com destaque para Florianópolis.
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A capital de Santa Catarina registrou um crescimento de 17,1% da intenção de compra, passando de R$ 213,10 em 2024 para R$ 249,60 em 2025. Em Chapecó os números cresceram +13,4%, e Blumenau (+10,8%), Joinville (+10%) e Itajaí (+1,8%) também apresentaram alta.
Por outro lado, apenas Lages (-27%) e Criciúma (-4,9%) registraram queda na intenção de gastos.
Ainda de acordo com a Fecomércio, os consumidores devem gastar mais na compra de ovos de Páscoa tradicionais, desembolsando em média R$ 265. Em seguida, os ovos de Páscoa artesanais aparecem como uma opção popular, com um gasto médio de R$ 248.
Chocolates artesanais em geral devem gerar uma média de R$ 239 em compras, enquanto os consumidores devem gastar, em média, R$ 174 com chocolates tradicionais em geral.
A intenção de compra entre os municípios participantes da pesquisa mostram que Chapecó (R$ 296,1), Blumenau (R$ 289,5) e Florianópolis (R$ 249,6) ficaram acima da média estadual de R$ 233,2, demonstrando um mercado aquecido para a data. Itajaí (R$ 228,1) e Lages (R$ 209,1) ficaram um pouco abaixo da média, enquanto Criciúma (R$ 180,3) e Joinville (R$ 179,8) registram os menores valores, sugerindo uma menor disposição dos consumidores dessas cidades para compras de Páscoa.
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Meios de pagamento
Mais da metade dos consumidores (56,2%) pretende comprar os presentes de Páscoa na semana da data, enquanto 19,7% pretendem antecipá-las. Essas compras, segundo a Fecomércio, serão feitas principalmente no Comércio de Rua (escolha de 49,3% dos entrevistados pela federação), sendo pagas, em sua maioria, à vista – no cartão de débito.
A escolha por esse tipo de pagamento cresceu 11,4 pontos percentuais, enquanto o pagamento em dinheiro caiu para 8,3. Para os empresários, é fundamental aproveitar esse cenário e investir em estratégias de exposição, tanto nas Redes Sociais quanto em Vitrines, que são os principais meios de influência sobre os consumidores.
Além disso, diferenciais como preço competitivo, atendimento de qualidade e promoções desempenham um papel decisivo na concretização das compras.
De acordo com Cristiano Chaussard, a presença de pequenas e médias empresas no ambiente digital tem contribuído para a diversificação da oferta e a personalização dos serviços.
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— Além disso, a implementação de programas de fidelidade, campanhas de marketing digital segmentadas e o uso de plataformas de e-commerce próprias têm sido eficazes para estimular as vendas online. Essas estratégias permitem que os varejistas ofereçam uma experiência de compra coesa e personalizada, atendendo às expectativas dos consumidores modernos — finaliza Chaussard.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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