Com uma redução de R$ 900 mil no repasse feito pelo município, o Hospital e Maternidade Municipal Nossa Senhora da Graça, de São Francisco do Sul, vai reduzir o quadro de funcionários, o número de leitos de internação e suspender o atendimento eletivo no centro cirúrgico. De acordo com a Prefeitura, a medida é necessária por falta de verba para manter a estrutura. Cerca de 60 profissionais serão demitidos. A unidade recebia R$ 2,1 milhões e passará a receber R$ 1,2 milhão mensais para a manutenção.
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Em nota oficial, a Prefeitura de São Francisco informa que pediu repasse de R$ 8 milhões ao Estado, mas que teve a solicitação negada. A situação, reafirma, é agravada pela estimativa de o município acumular a perda de aproximadamente R$ 32 milhões provenientes dos royalties do petróleo nos anos de 2015 e 2016 em relação aos anos anteriores.
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Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Acqua, organização social que administra a unidade e o UPA 24 Horas, serão mantidos os atendimentos no pronto-atendimento e no centro obstétrico. Exames laboratoriais, raios-x e ultrassom serão realizados apenas para os pacientes internados na unidade.
O centro cirúrgico deixa de atender as cirurgias eletivas – marcados com antecedência. Também será feita redução de leitos na internação, que passam de 12 para dez. Maternidade, observações pediátrica e adulto, assim como isolamento, continuam com a mesma quantidade de leitos. O Pronto-atendimento realiza mensalmente cerca de 4.800 atendimentos e aproximadamente 60 partos.
A Prefeitura de São Francisco do Sul ressalta que as medidas de economia estão sendo tomadas para que o serviço de caráter essencial seja mantido e a população não seja afetada.
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– O município lamenta que, em função dos cortes do Estado, o hospital tenha que demitir alguns de seus funcionários. Porém, para não ter os seus serviços públicos prejudicados, a administração pública está adequando as despesas às suas receitas.
O governo do Estado recomhece uma pendencia de R$ 26 mil, referente a cirurgias eletivas, mas ressalta que o hospital é municipal e tem gestão plena – o dinheiro vem diretamente do governo Federal. O Estado não tem responsabilidade de envio de verba para manter a unidade.