A notícia de que Escola Estadual Ursulina de Senna Castro, no bairro Caminho Novo, em Palhoça,vai ter um vigilante a menos devido a um remanejamento da SecretariaEstadual de Educação, não agradou em nada pais, alunos eprofessores, que se uniram na manhã desta segunda-feira paraprotestar em frente a escola e pedir mais segurança.
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Escolas estaduais terão redução de vigilantes
A escola atende cercade 1000 alunos do 1º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano doEnsino Médio e conta com dois vigilantes para tomar conta do portão,em dois turnos, das 7h às 19h. Na última quarta-feira, os paisforam avisado em reunião que a partir de 1º de abril somente um funcionário vai permanecer ,fazendo o horário das 8h às 16h.
— Os horário maisimportantes, entrada dos alunos de manhã cedo e a saída nofim do dia vai ficar sem ninguém, com o portão aberto para qualquerum. Eu não entendo isso. A escola já teve invasão, se tem um coisaque não pode cortar gastos é educação e segurança — lamentouLuciano Miranda, pais de dois alunos da escola.
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Luciano ressaltou queos pais não aceitam ficar com um vigilante a menos, e se aSecretaria de Educação não voltar atrás vão fechar a escola.
Iría Maciel, mãe deum estudante, questionou quais os critérios adotados:
— Nosso bairro éinseguro, todos sabem dos problemas com drogas, se antes já ficavauns desocupados com má intenção na frente da escola, agora com oportão aberto qualquer um vai poder entrar. As crianças vão ficaresperando os pais sem segurança nenhuma — disse.
A professora dematemática há 13 anos na escola, Ivoneide de Correa Abreu, explicaque não existe estrutura para com outros funcionários para cuidardo portão:
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— Não tem outrosfuncionário, isso prejudica a segurança da escola, alunos eprofessores. Já temos um histórico de invasões e ameaças e com umvigilante a menos vai piorar.
Governoafirma que não há redução, e sim remanejamento
Aredução do número de vigilantes já foi assunto na Hora, no dia 16de março. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria aSecretaria de Estado da Educação informou que não vai haverredução de postos de vigilantes, mas um remanejamento para outrasescolas, levando em conta questões de vandalismo e outrosproblemas em 2015. Atualmente o contrato com a empresaterceirizada possui 231 postos de 8, 12, 16 e 24horas, que serão mantidos.
Segundoa Secretaria, a vigilância humana é mais um recurso ematendimento ao controle de entrada de pessoas nas escolas, nãoinibindo os atos de vandalismo ou roubo. O órgão afirma que 100%das escolas são atendidas com vigilância eletrônica, queengloba sensores e câmeras.
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A reportagem entrou em contato novamente com a Secretaria de Educação na manhã desta segunda-feira, que informou que iria enviar uma nota no início da tarde.