O preso Sebastião Carvalho Walter, o Polaco, que havia sido atacado por outro detento na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na semana passada. Ele era um dos fundadores e líderes da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC). A confirmação da morte foi dada à reportagem pela gerência penal da unidade nesta segunda-feira.
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Walter havia sido hospitalizado depois de levar estocadas dentro da cadeia, no final de 2016. A versão oficial é que o assassinato está ligado a um desentendimento pessoal entre a vítima e o autor do crime, identificado como sendo Gabriel Rodrigues Pereira, o Camelo. O homicídio será investigado pela Polícia Civil de São José.
Camelo foi autuado em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Consta na decisão judicial o relato de agentes apontando que Camelo confessou o ataque a Walter com golpes na cabeça depois de sair da cela.
Walter era, segundo a polícia, um dos presos fundadores da facção PGC ao lado de outros comparsas. Em 2014 foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró, onde ficou por um ano. Depois, retornou à São Pedro de Alcântara e permaneceu alguns meses isolado em uma cela por garantia de vida.
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Mulheres buscam informações de presos
O sistema prisional catarinense continua em estado de alerta máximo em razão das mortes de presos em Manaus e Roraima. Na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, cadeia em que historicamente ficam os líderes da facção PGC que não estão em presídios federais, as visitas e os procedimentos de operação estavam normais na tarde desta segunda-feira.
Na frente da prisão havia um grupo pequeno de mulheres que aguardava informações dos maridos. O clima era de angústia e apreensão de que a violência no Norte tenha reflexos em Santa Catarina. Uma delas, de 21 anos, reclamava de não ter sido autorizada para visitar o marido que está no pavilhão 2.
Funcionários da penitenciária afirmaram que o caso dela foi uma exceção e a entrada não permitida em razão de um desentendimento com servidores da portaria.
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— A gente fica de orelha em pé com medo de que chegue aqui, pois sabemos que tem ramificações de facções aqui no Estado — relatou a mãe de um preso enquanto aguardava o horário da visita.