Em 2014, o argentino Mateo Raúl largou o emprego em uma multinacional no exterior e voltou para o Brasil. Formado em Administração, ele vinha em socorro dos pais, cuja empresa precisava de ajustes. Ao mesmo tempo, queria realizar a vontade de empreender.

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A Mais Q Básica, fundada em 2006, em Florianópolis, por um casal de argentinos, contava com duas unidades na cidade. A proposta sempre foi vender roupa básica, de qualidade e a preços acessíveis. Em 2013, chegou a abrir duas franquias no interior de São Paulo. Mas, nesse mesmo período, viu as vendas das lojas próprias caírem e o caixa apertar.

— Foi mais ou menos o que aconteceu com a Hering — compara Raúl.

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No diagnóstico, o argentino percebeu que faltavam uma gestão mais atenta, com acompanhamento do fluxo de caixa, treinamento de vendedores e foco maior nos clientes. Além disso, o mercado mudava e a loja não acompanhava essas transformações.

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Então, Raúl decidiu investir em gestão. Foi atrás do Sebrae e descobriu um serviço de aconselhamento voltado para empreendedores de pequeno porte. Chamado de Método do Presidente, o programa tem o intuito de imitar as grandes empresas. Assim como nos conselhos de administração das grandes corporações, profissionais experientes ajudam a guiar decisões, alertam para o que funciona e o que não funciona.

O problema é que manter um board de conselheiros é caro e inacessível para empresas menores. Com o Método do Presidente, os empreendedores ganham aconselhamento de grandes administradores a um baixo custo mensal. A metodologia é oferecida em uma parceria do Sebrae no programa Impacto nos Resultados, que inclusive subsidia uma parte do custo da empresa na contratação do serviço.

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— São pessoas que têm uma experiência de mercado de 20 ou 30 anos à minha frente e conseguem dizer o que já foi feito e não deu certo, por exemplo. Todo mês eu presto contas para meus conselheiros, um ex-executivo da Tigre e um diretor da Portobello — relata Raúl.

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A aplicação da metodologia na Mais Q Básica começou em fevereiro de 2015. Com ajustes e trabalho constante, a empresa voltou a crescer. Fechou o ano passado com aumento de 36% no faturamento na comparação com 2014. No primeiro trimestre de 2016, houve crescimento de 94% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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