A Reumatologia é uma ciência que estuda as doenças que causam, em sua evolução, dor ou incapacidade funcional nas articulações ou em qualquer outro componente do sistema músculo esquelético. A especialidade abriga um grande número de doenças, desde tendinites, bursites, dores na coluna, até doenças sistêmicas que podem comprometer órgãos internos como o coração, pulmão, rim, aparelho digestivo e sistema nervoso, diminuindo a expectativa de vida dos doentes.
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São chamadas de reumatismos as doenças que acometem o sistema músculo-esquelético. Existem mais de 100 tipos de reumatismos, que acometem mais de 12 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. No ano de 2011, no país, foram gastos mais de 300 milhões com internações hospitalares pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com essas doenças.
Nesta terça-feira, 30 de outubro, é lembrado o Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo. A data alerta para a prevenção dessas doenças e para o diagnóstico nas fases iniciais, de fundamental importância para a otimização do tratamento, buscando evitar danos.
A seguir, o gestor do Serviço de Reumatologia do Hospital Mãe de Deus, Claiton Brenol, detalha as características dos tipos mais comuns de reumatismo.
:: Artrite reumatoide
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É uma doença que causa principalmente inflamação das articulações, podendo gerar degeneração das cartilagens das juntas, deformidades e incapacitação para as atividades diárias. Se não tratada adequadamente, metade dos pacientes tornam-se incapacitados para o trabalho em 10 anos de evolução da doença, afirma Brenol.
Embora seja uma doença autoimune (quando o sistema de defesa ataca o próprio organismo) e com origem predominantemente genética, alguns fatores ambientais foram identificados como “gatilhos” para a artrite reumatoide. Segundo o médico, o cigarro é um dos principais.
– O tabagismo pode propiciar que as pessoas com predisposição genética à doença possam desenvolver os seus sintomas – explica.
Os principais sintomas da artrite reumatoide são dor, edema, vermelhidão e inchaço nas juntas, especialmente nas mãos e punhos, sendo uma doença crônica.
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:: Artrose ou osteoartrite
A artrose ou a osteortrite caracteriza-se pela degeneração da cartilagem que protege as extremidades ósseas, como cotovelos e joelhos, que tem o papel de amortecer os impactos durante os movimentos. Como as cartilagens não possuem terminações nervosas, os sintomas tendem a aparecer quando o osso, abaixo da cartilagem, já está sofrendo desgaste, ou mesmo quando outras estruturas já foram acometidas por inflamação, como os tendões, músculos e ligamentos.
Os principais sintomas são dor, inchaço, barulho e crepitação nas juntas. A dor ocorre, principalmente, quando a pessoa realiza alguma atividade física, que pode ser até o ato de caminhar, sentar, subir e descer escadas. O desgaste da cartilagem óssea está, em geral, associado à obesidade e à idade.
– Quanto mais obesa e sedentária for uma pessoa, ao longo do tempo de vida, tenderá a um maior risco do desenvolvimento dos sintomas decorrentes da osteoartrite – comenta Brenol.
Outros fatores que podem colaborar para a piora da doença são os esforços físicos excessivos, tais como os de impacto (corridas, caminhadas vigorosas, futebol, etc.).
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:: Osteoporose
A osteoporose é uma doença que faz com que os ossos do corpo fiquem fracos, tornando-os mais propensos às fraturas, mesmo com mínimos traumas. Pessoas com mais de 60 anos, mulheres pós-menopausa, com antecedentes familiares, dieta pobre em cálcio, fumantes e consumidoras de álcool, sedentárias e em tratamento prolongado com corticoides têm maior risco de desenvolver a doença.
– Como a osteoporose pode não apresentar sintomas, as pessoas que se encontram nos grupos de risco devem consultar um médico com regularidade, que solicitará exames adequados para o seu diagnóstico e investigação de causas secundárias – enfatiza Brenol.
O especialista acrescenta que não fumar, beber com moderação, realizar exercícios físicos, efetuar o controle da obesidade, possuir uma dieta saudável e equilibrada são as melhores maneiras de prevenir e até de se obter melhor qualidade de vida, mesmo nas pessoas que já possuem o diagnóstico de doenças reumatológicas.