Os sete países da Amazônia lançaram durante a COP30, em Belém, o Instrumento do Programa Amazônia Sempre para Cidades e Infraestrutura Resiliente. O objetivo da parceria é mobilizar mais de 1 bilhão de dólares para investimentos em segurança hídrica, energia limpa e infraestrutura urbana resiliente.

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A proposta é liderada pela Rede Amazônia de Ministros das Finanças e Planejamento e foi lançada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname em uma declaração conjunta assinada pelos países-membros.

O lançamento foi formalizado pela ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, na função de presidente da Rede de Ministérios das Finanças e Planejamento dos países amazônicos.

— Esta importante ferramenta nos permitirá atuar não só em relação aos recursos hídricos e florestais, mas também em desafios urbanos, uma vez que as cidades são o lar da ampla maioria da população amazônica — declarou Tebet.

A iniciativa conta com apoio Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), como parte do seu programa Amazônia Sempre, que possui amparo de fundos climáticos multilaterais, doadores bilaterais e líderes locais.

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— Este instrumento é um exemplo prático da visão do programa Amazônia Sempre: proporcionar às pessoas meios de vida e empregos nas cidades é a melhor maneira de preservar a floresta — acrescentou o Presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn.

Restauração florestal na Amazônia

O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também anunciaram a aprovação da primeira garantia para restauração florestal na Amazônia por meio de um banco multilateral de desenvolvimento, e também a primeira no Brasil.

A garantia irá apoiar a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, no estado do Pará, e tem valor total de 15 milhões de dólares. O instrumento terá vigência de 20 anos e ocorre por meio de uma parceria público-privada pioneira na concessão para restauração florestal na América Latina e no Caribe.

Durante o período da concessão, a expectativa é que:

  • 9.980 hectares de florestas sejam restauradas e conservadas;
  • 3,7 milhões de toneladas de CO2 sequestradas;
  • 2,5 milhões de dólares investidos nas comunidades locais;
  • 2.000 empregos gerados;
  • Mais de 46 milhões de dólares em investimentos; e
  • Impulso à bioeconomia, cadeias produtivas locais e inclusão social.

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