O Corinthians ampliou neste domingo a freguesia do São Paulo no Itaquerão. Desde a inauguração da arena, em 2014, nenhum time perdeu mais e sofreu tantos gols no estádio do que São Paulo. Com o triunfo por 2 a 0 deste domingo, pela quarta rodada do Campeonato Paulista, a conta subiu para quatro vitórias em quatro jogos, com 13 gols marcados e apenas três sofridos.

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O São Paulo até chegou a jogar melhor no segundo tempo, mas não soube aproveitar as chances que teve. A derrota aumenta a pressão em cima da equipe tricolor para a partida de quarta-feira contra o The Strongest, pela Libertadores, no Pacaembu. Já o Corinthians viaja com o moral elevado para o Chile, onde estreia na competição continental diante do Cobresal.

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O resultado fez o Corinthians também se manter com 100% de aproveitamento no Paulistão, no qual agora acumula 12 pontos na liderança do Grupo D. Já o São Paulo perdeu pela primeira vez neste Estadual e estacionou nos quatro pontos no Grupo C.

O JOGO

Apesar de todo o mistério feito por Edgardo Bauza nos dias que antecederam ao clássico, o técnico argentino escalou todos os titulares do São Paulo. No Corinthians, Tite resolveu poupar alguns jogadores, casos de Uendel, Romero e Danilo.

Mesmo sem força máxima, o Corinthians começou o jogo melhor. Bem posicionado, o time ocupava melhor espaços, principalmente no meio de campo. Assim, a equipe conseguia controlar mais a posse de bola no ataque. O jogo, no entanto, era muito truncado, com várias faltas e jogadas ríspidas. O São Paulo, porém, parecia “pilhado” demais e acabou entregando um gol de graça para o Corinthians.

Aos 23 minutos, Lucão se atrapalhou na hora de fazer o corte e chutou em cima de Mena. Na sequência, atrasou a bola errado para Denis e deu a “assistência” para Lucca, sem goleiro, fazer 1 a 0 para o Corinthians.

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O São Paulo tinha muito dificuldade para armas as jogadas. Faltava criatividade aos jogadores do meio de campo da equipe. Ganso, por exemplo, participava pouco do jogo. O mesmo acontecia com Michel Bastos.

O melhor jogador do São Paulo era Calleri. O argentino corria bastante e não dava sossego à defesa corintiana. Já no fim do primeiro tempo, aos 45, por muito pouco o atacante não empatou o jogo. Após um bicão da defesa, Yago errou o recuo e Calleri sobrou sozinho na frente de Cássio, que conseguiu evitar o gol e mandou a bola para escanteio.

No segundo tempo, o São Paulo foi dono do jogo. O Corinthians recuou demais a marcação e permitiu que o time tricolor trocassem passes com facilidade.

O problema é que o São Paulo não sabia aproveitar o maior volume de jogo. A equipe exagerava nas jogadas aéreas. O time rondava a área de Cássio e buscava as jogadas pelas beiradas do campo para fazer o cruzamento pelo alto. O São Paulo era um time de praticamente um único tipo de jogada. A equipe não conseguia trocar passes de pé na tentativa de furar a defesa e, assim, facilitava o trabalho da defesa corintiana.

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Com 11 jogadores atrás da linha da bola, o Corinthians abdicou do ataque para só se defender. À beira do campo, Tite pedia para o time avançar a marcação, mas os jogadores insistiam em formar um “paredão” à frente de Cássio.

Aos 34 minutos, a estratégia não funcionou e Mena sobrou sozinho na cara do gol. O lateral cabeceou e Cássio salvou Corinthians mais uma vez com uma bela defesa.

O São Paulo acabou castigado aos 40 minutos. Num raro ataque do Corinthians, Giovanni Augusto cobrou escanteio, Ganso desviou para trás e Yago, de cabeça, mandou a bola no ângulo, sem chances para Cássio. Mesmo sem merecer, o Corinthians fez o segundo gol para desespero dos são-paulinos, que continuam sem saber o que é vencer em Itaquera.

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