Desde 2008, ligação entre bairros pelo Morro do Gato está interditada em Blumenau

Os moradores do Distrito do Garcia e do bairro da Velha ficarão por tempo indeterminado sem passar pelo Morro do Gato, via de ligação entre as duas regiões. Desde a catástrofe de 2008, quando parte da rua desapareceu com deslizamentos, o lugar está interditado para a passagem de veículos e pedestres.

Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos, uma falha geológica foi encontrada na estrada e somente depois de um estudo, a ser feito pela Defesa Civil, é que a prefeitura saberá se é possível reabri-la ao tráfego de veículos.

O levantamento desta área, no entanto, só ocorrerá quando o município concluir as análises em zonas de risco habitadas. Até lá, os moradores são obrigados a percorrer sete quilômetros a mais e ainda encarar o movimento do Centro da cidade, por onde têm que passar.

A longo prazo, a ligação Velha-Garcia passará a ser feita por um novo acesso, com a construção de um túnel entre os dois bairros. A ideia integra o Projeto Blumenau 2050. Mas, por enquanto, está só no papel. Um pedido de recursos foi encaminhado ao Ministério da Cidade em maio. A obra está orçada em R$ 85 milhões, com contrapartida da prefeitura de 10%.

– A construção deste túnel deve ajudar, e muito, a descongestionar o intenso tráfego de veículos pelo Centro da cidade. Ele está incluído nas obras do Anel Periférico e por isso é importante que as obras sejam feitas – diz o secretário de Planejamento Urbano de Blumenau, Walfredo Balistieri

A prefeitura descartou a possibilidade de aproveitar o Morro da Companhia, que hoje liga as ruas João Pessoa, no Bairro Velha, e Hermann Hering, no Bom Retiro, para a obra do Anel Periférico. A justificativa é de que o lugar apresenta falha geológica e está suscetível a deslizamentos.

– É uma obra mais segura e menos onerosa. Não podemos mais pensar em pequenos projetos. Nossa cidade cresce a cada dia e temos a obrigação de idealizar projetos para frente. Uma pequena obra precisa, muitas vezes, ser refeita e não queremos gastar dinheiro com erros – defende Balistieri.