Ajudar o próximo, retribuir e fazer a diferença. Esses foram os motivos que levaram a empresária Larissa Kroeff, 31 anos, a participar de ações voluntárias desde 2001. Sua experiência começou do outro lado, como aluna de um programa da ONG Junior Achievement. Em menos de um ano, começou a retribuir a experiência participando dos programas como voluntária.

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– Nunca fiz serviço voluntário pensando em abrir portas profissionalmente, mas acredito que o trabalho ajudou na minha carreira – esclarece Larissa, que há dois anos é dona de seu próprio negócio de copos reutilizáveis, o MeuCopo Eco.

Engana-se, entretanto, quem pensa que não há mais tempo para o voluntariado. Agora, ela utiliza a vasta experiência para ajudar na Câmara Jovem da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), onde atua como diretora de empreendedorismo nas escolas.

Larissa reforça que é importante escolher um serviço voluntário para o qual se tenha afinidade e habilidade. Assim, a pessoa poderá agregar e auxiliar efetivamente a instituição.

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A consultora da BDR Desenvolvimento Organizacional, Danielle Alves, explica que o serviço voluntário é visto pelas empresas não apenas como ajuda ao próximo, mas como uma experiência profissional do candidato com o qual ele tem a possibilidade de trabalhar competências e habilidades técnicas.

Além disso, a prática demonstra para o recrutador habilidade de relacionamento interpessoal e de trabalhar em equipe, o que é muito valorizado hoje em dia pelas empresas.

Ação voluntária deve ser valorizada na entrevista

Danielle ressalta que é importante, assim como nas outras experiências presentes no currículo, demonstrar sequência e planejamento no trabalho voluntário, além de especificar algum projeto ou ação mais relevante realizado na instituição.

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A coach e psicóloga organizacional Roberta Raupp alerta que muitos profissionais não conseguem justificar e valorizar a importância da ação voluntária na hora da entrevista.

– O candidato deve extrair o que pode ser bacana para aquela vaga, pensar quais são os motivos que o levaram a fazer voluntariado e de que forma podem auxiliá-lo no novo emprego – comenta.

A diretora-executiva do Instituto Voluntários em Ação em Santa Catarina, Ana Maria Warken, explica que a ação voluntária pode ser o diferencial que os recrutadores estão procurando para a vaga.

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Além disso, esse tipo de trabalho acrescenta algumas características essenciais para o profissional como estabilidade emocional e lucidez para resolver problemas.

Ana Maria comenta que é crescente o número de jovens que procuram o Portal Voluntários Online, um serviço do instituto para cadastramento de ONGs e voluntários. Atualmente pessoas entre 16 e 30 anos respondem por 60% do total de cadastrados que no ano passado ultrapassaram a marca de 46 mil, sendo 17% deles estudantes.

::O que o voluntariado proporciona

A diretora-executiva do Instituto Voluntários em Ação em Santa Catarina, Ana Maria Warken, comenta algumas características que podem ser desenvolvidas com o trabalho voluntário e que são valorizadas no ambiente corporativo:

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Estabilidade emocional

Lucidez para resolver problemas

Sentimento de pertencimento à comunidade

Ampliação de círculo de amizades

Descoberta de potencialidades

Autoestima elevada

Poder de negociação

Flexibilidade

Perseverança

Cidadão melhor e mais feliz

::Por onde começar

O interessado em fazer algum serviço voluntário pode se cadastrar no site e procurar uma oportunidade que esteja de acordo com sua disponibilidade, capacidade e local. Há vagas para voluntários online para executar serviços de pesquisa, tradução e elaboração de projetos.