As provas do concurso público da Advocacia-Geral da União (AGU) marcadas para a manhã deste domingo (9), em Florianópolis, foram canceladas pelo Idecan, empresa responsável pelo edital. Dezenas de candidatos que foram até a escola Hilda Teodoro Vieira, no bairro Trindade, para realizar o exame, não puderam realizar os exames, porque os cadernos do exame objetivo não foram entregues, apenas os do discursivo.

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O problema atingiu os candidatos que concorriam a uma vaga para os cargos de administrador, arquivista, contador e técnico em assuntos educacionais.

Mesmo o caderno de provas que foi entregue, o das questões discursivas, também tinha problemas, pois não trazia o tema da redação que os candidatos deveriam produzir.

Os candidatos foram então liberados pela Idecan, responsável pela aplicação das provas. Muitos estudantes ficaram indignados e foram até a Polícia Federal denunciar a empresa. A Polícia Militar também foi acionada para conter os ânimos no Escola Hilda Teodoro Vieira.

— Fomos orientados a iniciar a prova, quando todos perceberam que não recebemos o caderno de provas — relatou o candidato Rodrigo Campos Fidélis.

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O candidato, que já foi fiscal de concurso, alega também que o envelope das provas estava lacrado, mas sem nenhum de número de série sequencial, apenas com uma etiqueta colada impressa em impressora colorida.

— Esse tipo de material é facilmente encontrado na internet e as etiquetas podem ser fabricadas em qualquer impressora jato de tintas. Forte indícios de fraude! — protesta.

Os fiscais informaram ao participantes, então, que um funcionário iria até o aeroporto Hercílio Luz buscar as provas. No entanto, os papéis não apareceram e todos foram dispensados às 10h20.

A reportagem tentou contato com a Idecan para pedir esclarecimentos. Os três números de telefone disponibilizados no site da empresa não atenderam.

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Em nota, divulgada nas redes sociais e na página oficial da empresa, o Idecan informou que o problema também atingiu candidatos que iam prestar o exame no período da manhã, nas cidades de Cuiabá, no Mato Grosso e São Luís, no Maranhão.

Leia a íntegra da nota do Idecan:

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