A empresária Rosa da Luz, proprietária de um escritório de contabilidade em Joinville, conseguiu encontrar a fórmula para terminar o dia sem deixar nada de importante para trás. A disciplina rígida aos 44 anos é fruto de uma mudança radical de hábitos ocorrida há cinco anos, quando percebeu que o lado profissional havia invadido todas as áreas de sua vida.
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– Eu trabalhava direto e não achava errado, até que fiquei doente e tive que me reorganizar – recorda.
O primeiro passo foi marcar consulta com um terapeuta e explicar que não estava dando conta de tudo. Entre as coisas que Rosa gostaria de dar mais atenção estavam preparar a comida das crianças e ir à academia. Na reorganização dos papéis, a prioridade ficou assim: primeiro ela, depois a família e o trabalho. Deu certo! E quando está no serviço, Rosa diz que trabalha por inteiro.
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Alguns hábitos tiveram que ser modificados para se encaixar na nova rotina. Compras de supermercado são feitas apenas pela internet, e os itens da verdureira e do açougue são encomendados. Ela também deixou de frequentar as lojas. Agora, as vendedoras levam as roupas para ela escolher em casa.
Todos os sábados, Rosa vai ao salão de beleza e faz tudo o que precisa em uma só saída. Enquanto está lá dentro, deixa o carro na lavação. A empresária gosta de programar cada final de semana e planeja as quatro viagens que faz por ano com bastante antecedência. Ela também está atenta às distrações que roubam tempo. Assiste a um episódio por vez de suas séries favoritas e entra no Facebook, em média, uma vez por semana.
Tempo virou aliado
– Verifico mensagens e ligações sempre entre uma reunião e outra e não fico mais em minha mesa na empresa: ou estou em reunião com clientes ou com a equipe – afirma a empresária.
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Rosa diz que compartilha a agenda do Google com seus colaboradores para facilitar a inclusão de compromissos.
– As pessoas dizem que o tempo voa. Para mim, ele se tornou um aliado, não um problema. Eu fiz as pazes com o tempo – reflete.
A rotina de rosa
5h30 – Acorda e prepara um café reforçado para a família, com direito a suco de laranja e omelete. Rosa tem três filhos, um casal de gêmeos de 11 anos e uma menina de 13.
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6h55 – Leva as crianças para o colégio.
7h às 8h – Faz uma atividade física leve: pilates ou caminhada.
8h às 9h – Estuda inglês duas vezes por semana.
9h – Chega à empresa.
12h30 – Busca os filhos na escola e os leva para casa para almoçar.
17h – Faz academia três vezes por semana.
À noite, em casa, prepara um jantar leve. A família faz a refeição unida.
22h30 – Hora de ir para cama descansar.
Cada coisa em seu lugar
Quando o tempo é curto, a organização é uma grande aliada. Ela evita o estresse de ficar revirando as coisas em busca do objeto desejado, gerando ainda mais bagunça, sem contar a aflição de saber que precisa botar tudo em ordem quando sobrar um tempinho, que nunca chega.
A professora Daniele Nalú Furtado, de 38 anos, não sabe o que é isso. A regra básica em sua casa é: pegou, usou, guardou. E ela tem um lugar para cada coisa, criando uma rotina lógica e bastante visual que garante a manutenção da ordem. Quando chega da rua, nada de jogar a bolsa em cima da mesa ou do sofá: ela vai direto para o ganchinho pendurado atrás da porta. As chaves ficam no recipiente no balcão ao lado.
No armário do quarto, Daniele gosta de usar caixas organizadoras e separa as peças em prateleiras conforme o uso. Blusas que não amassam ficam em um lugar; bermudas, em outro. Quando possível, também separa por cores e por estação. Para manter a bolsa em ordem, o segredo, diz Daniele, é usar exemplares pequenos.
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Ela nunca joga as coisas simplesmente dentro da bolsa, utiliza nécessaire. Já o carregador de celular fica em uma caixa de óculos e a chave, pendurada na argola. O celular, só no bolso de fora.
– Desta forma, tenho mais agilidade. Sempre brinco que poderia procurar minhas coisas até com os olhos vendados. E quando esqueço algo, consigo dar todas as coordenadas por telefone de onde está o objeto com muita facilidade. Organização é meu sobrenome – orgulha-se.