O ex-prefeito de Maravilha, Orli Berger, vai responder na Justiça pelo rombo de R$ 1,5 milhão nas contas públicas durante os últimos meses de seu mandato, em 2012. A ação civil pública pede que ele restitua todo o valor à prefeitura.

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Conforme o Ministério Público, ele teria utilizado o dinheiro sem disponibilidade de caixa, o que teria causado grande prejuízo para o município e, consequentemente, para a gestão do seu sucessor, que “precisou onerar injustamente as contas posteriores”.

O MP argumenta ainda que o réu solicitava aos prestadores e fornecedores de mercadorias que continuassem em atividade mesmo sem possibilidade financeira. Além disso, conforme o processo, ele “celebrava contratos com preços desproporcionais” e com obrigações que não deveriam ser de responsabilidade da prefeitura.

“O requerido tinha plena consciência da situação financeira do município de Maravilha no transcurso de sua gestão. Ocorre que, mesmo tendo pleno conhecimento da impossibilidade de contrair despesas nos últimos dois quadrimestres de seu mandato sem a respectiva disponibilidade de caixa, o ex-prefeito efetuava gastos exorbitantes de dinheiro público, comprometendo o bom desempenho dos serviços públicos essenciais”, relataram os promotores de Justiça na ação.

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A reportagem entrou em contato com Orli, que afirmou achar “estranho” o processo. Conforme ele, “as contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas e também pela Câmara de Vereadores”.

Orli perdeu mandato de vereador no ano passado

Orli Berger perdeu o mandato de vereador da cidade em dezembro de 2022, devido justamente ao processo de improbidade administrativa por ilegalidades praticadas durante o mandato como prefeito.

A recomendação da cassação do mandato foi feita pelo Ministério Público e aprovada pelo legislativo à época. O ex-parlamentar teve os direitos políticos suspensos por três anos.

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