O Cláudio Honigman, que foi dirigente do Figueirense Ltda durante a gestão da empresa Elephant, foi preso preventivamente pela Polícia Civil em São Paulo na tarde desta segunda-feira (24). Cláudio é acusado de estelionato e é um dos alvos da Operação Câmbio Fantasma, suspeito de aplicar o chamado “golpe do dólar” e embolsar mais de R$ 400 mil. A informação é do G1 SC.
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A prisão de Cláudio Honigman ocorreu no início da tarde desta segunda-feira, em uma das residências do ex-presidente do Figueirense Ltda, na cidade de São Paulo, durante mais uma das etapas de busca e apreensão da operação deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina.
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No início do mês, Honigman já havia sido procurado pela polícia em alguns endereços em Santa Catarina, incluindo uma de suas residências em Jurerê, bairro nobre da capital Florianópolis, mas não foi localizado.
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A reportagem do G1 SC tentou contato com a defesa de Cláudio Honigman, sem sucesso até o momento da publicação da reportagem.
Entenda o caso
Segundo a investigação, Honigman recebeu um valor para fazer um câmbio para U$ 80 mil. Mas, após receber o dinheiro, bloqueou a pessoa que fez a transferência, parou de usar o número de telefone utilizado para fazer os contatos e não concluiu a operação.
A vítima foi apresentada a Cláudio Honigman, que se comprometeu a realizar a operação de compra e venda de dólares a uma cotação de R$ 5,10 – valor muito abaixo do mercado. Mas, após realizar a transferência, a vítima não conseguiu mais contato com Cláudio, que teria embolsado um valor de R$ 408 mil (na cotação da época).
Quem é Cláudio Honigman
Empresário do mercado financeiro, Cláudio Honigman foi presidente do Figueirense Ltda (que detinha 95% das ações do clube, o os outros 5% eram da Figueirense Associação) entre o final de 2018 e setembro de 2019, durante a gestão da empresa Elephant, que assumiu o comando do clube em 2017 e que tinha Honigman como um dos sócios.
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Sob promessas de aportes financeiros milionários, equilíbrio das contas e times competitivos, Cláudio Honigman teve uma administração marcada por polêmicas dentro e fora de campo, como os constantes atrasos de salários para funcionários, atletas e jogadores das categorias de base. Os problemas internos levaram o clube a sofrer um WO na partida contra Cuiabá, no Mato Grosso, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
No dia 20 de setembro de 2019, através de uma liminar na justiça, o Figueirense rescindiu de forma unilateral o contrato com a Elephant, e a administração do clube voltou para a associação. Poucos dias depois, Cláudio Honigman enviou à CBF uma carta comunicando que o clube estava desistindo da disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. O documento, contudo, não teve validade, pois Honigman já não tinha mais poderes no Figueirense.
A atitude fez com que o Superior Tribunal de Justiça desportiva (STJD) punisse Cláudio Honigman por emitir documento falso. A pena foi de suspensão por 360 dias e multa de R$ 20 mil.
Cláudio Honigman é ligado a Ricardo Teixeira e Sandro Rossel, ex-presidentes da CBF e do Barcelona, respectivamente. O trio foi investigado por supostas irregularidades em compra e venda de ações. A acusação é de que eles movimentaram mais de R$ 45 milhões usando empresas de fachada, inclusive em operações envolvendo a comercialização de jogos da Seleção Brasileira nos anos 2000.
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