Foram cinco anos sem títulos de Grand Slam, dois anos sem conquistas em Masters 1000 e seis meses sem sequer entrar nas quadras no fim de 2016. O que parecia ser um fim melancólico para a carreira mais bem-sucedida da história do tênis masculino ganhou novos capítulos em um 2017 brilhante. Roger Federer ressurgiu, como se estivesse no auge físico, para acumular novos feitos e até equilibrar uma desvantagem histórica com o rival Rafael Nadal.

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Em julho do ano passado, Federer anunciou que não participaria dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e de nenhuma outra competição da temporada para tratar de uma lesão no joelho. À época, disse: “Estou mais motivado que nunca e colocarei toda minha energia em voltar mais forte, saudável e em forma para jogar tênis em 2017”. Talvez nem o próprio Federer poderia imaginar que os planos teriam tanto sucesso.

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Desde que retornou às quadras no início do ano, o suíço de 35 anos conquistou o Aberto da Austrália — seu primeiro título de Grand Slam desde Wimbledon 2012 —, e dois Masters 1000, em Indians Wells e, neste domingo, em Miami. Nos três torneios, venceu Nadal, e chegou a quatro vitórias seguidas sobre o maior rival pela primeira vez na carreira — o espanhol ainda tem uma vantagem de 23 a 14 no confronto.

— Fico feliz por continuar. Não sabia que tinha tanta energia guardada no tanque — disse Federer, depois do título na Flórida.

O segredo do suíço para manter o alto nível com uma idade avançada para o tênis pode ter sido exatamente o descanso no semestre anterior. Por isso, disputar uma sequência de torneios para subir no ranking não está mais nos planos. O projeto de Federer é se resguardar para as grandes competições. Agora, por exemplo, fará uma pausa de oito semanas até o início de Roland Garros, no fim de maio.

— Eu exigi muito do meu corpo e preciso ouvir os sinais agora — argumentou.

O bom momento de Federer espantou até Nadal.

— Quando alguém vem em uma boa fase com a dele, as coisas tendem a ser mais fáceis — disse o espanhol.

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O título em Miami fez Federer subir duas posições no ranking da ATP. Ele está em quarto lugar, com 5.305 pontos — atrás apenas de Andy Murray, Novak Djokovic e Stan Wawrinka. Nadal vem logo atrás.

O ranking é mais um exemplo da durabilidade de Federer. Além do suíço, o melhor ranqueado com pelo menos 35 anos é o croata Ivo Karlovic, de 38 anos, que ocupa a 21ª posição. O espanhol David Ferrer, de 35, é o 34°.

*ZHESPORTES

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