Música sertaneja raiz, copos de chope por todos os lados e boas lembranças. Você diria que esses elementos combinam com um velório? Se não, reveja seus conceitos sobre como lidar com a morte de um parente querido. A família de João Ferrari, de 70 anos, resolveu encarar o momento de luto com “festa” e bebidas durante a velação do corpo, nesta quarta (27), em Cascavel, no interior do Paraná, e viralizou nas redes sociais.
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— Eles conversaram sobre o que fazer quando um deles morressem, e entrarem meio que num acordo que, quando isso acontecesse, eles não queriam ninguém chorando e nem triste, e sim celebrando a vida e os bons momentos.
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Ao recordar do fato, a família decidiu colocar uma música em estilo sertanejo raiz como ambiente e encomendou um barril de chope para um brinde. A intenção foi apenas lembrar de histórias boas com o ente querido e das coisas boas que ele passou.
Brenna tem certeza que o avô ficaria muito feliz com a homenagem:
— Ele sempre gostava de comemorar com chope ou cerveja, então nós chegamos à conclusão de que ele iria preferir que nós brindássemos a vida dele do que se ficássemos chorando. Ele foi uma pessoa muito boa e batalhadora pelos sonhos dele e fazia realmente aquilo que ele era apaixonado… os carros de corrida, e comemorava a cada conquista.
Mesmo com o tabu, a jovem acredita que a ideia foi ótima e que as pessoas deveriam reavaliar o sentido da morte:
— O bem mais valioso que temos é a vida e isso que deve ser celebrado, mas cada um encara isso de uma maneira, e a nossa família achou essa a melhor forma de guardar o meu avô. Não pensando na morte, e sim na vida dele e no seu legado .
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Viciado em aeromodelismo, automobilismo e pesca, Brenna conta que o avô teve uma lancha com o seu nome por ser a primeira neta da família. Os passeios pelos rios da região e as brincadeiras com os carros de corrida ficaram como lembrança.
Ao final de tudo, com a repercussão, Brenna leva um ensinamento de vida neste momento:
— Com essa correria do dia a dia, acabamos não tendo tempo de conviver com nossos parentes. Eu convivi muito com meu avô quando criança, e depois que comecei a faculdade o tempo diminuiu muito para isso. Hoje eu acho que aprendi que devemos valorizar mais o tempo com aqueles que amamos.