Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), realizada em Criciúma nesta quinta-feira, solicitou a prisão de nove pessoas. A investigação estima que pelo menos R$ 1,5 milhão tenha sido desviado dos cofres públicos pela administração da Multiplicando Talentos. A organização é responsável pela gestão das Casas de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Tubarão e Criciúma e das Casas de Semiliberdade (CASE) de Criciúma e Araranguá.

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O Gaeco realizou uma prisão preventiva e sete temporárias, pois uma pessoa não foi encontrada e é considerada foragida. Entre os presos estão pessoas ligadas à presidência e à direção da organização social. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos na sede na Multiplicando Talentos e em imóveis de investigados. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) solicitou o sequestro de bens registrados no nome dos investigados, para garantir o ressarcimento do dinheiro.

Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania disse que está colaborando com as investigações, mas ainda não divulgou como será feita a administração das quatro casas prisionais a partir de agora. O coordenador do Gaeco, promotor Gustavo Wiggers, não deu detalhes sobre a operação e disse que deve se manifestar na manhã de sexta-feira, em coletiva de imprensa.

A investigação, promovida pela 11ª Promotoria de Justiça de Criciúma, foi iniciada em 2015 a partir do depoimento de um ex-funcionário da organização. A quebra de sigilo bancário dos principais investigados indicou movimentações suspeitas nas contas da Multiplicando Talentos, do presidente e das empresas privadas criadas por ele. O departamento jurídico da associação diz que está apurando as denúncias e que deve emitir um comunicado.

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