O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou, nesta terça-feira (15), em caráter cautelar, que as plataformas com direitos de distribuição do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, de Danilo Gentili, suspendam a exibição imediatamente. Se elas não cumprirem a decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em cinco dias, podem pagar multa diária de R$ 50 mil.
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A pasta comandada pelo ministro Anderson Torres alega que a suspensão é aplicada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”. São citados para embasar a decisão o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal.
Anderson Torres criticou o filme no fim de semana, ao afirmar que ele tem “detalhes asquerosos” após uma cena ser associada à pedofilia nas redes sociais.
O @JusticaGovBR , por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, determinou cautelarmente que as plataformas que possuem o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” em seu portfólio suspendam sua exibição imediatamente. O não cumprimento resulta em multa diária de R$ 50 mil. pic.twitter.com/lfT1QSehz4
— Anderson Torres (@andersongtorres) March 15, 2022Continua depois da publicidade
O filme
A maior parte da produção se passa em uma escola, onde os dois protagonistas encontram um caderno que propõe dicas de como causar confusão no local. O filme tem classificação indicativa de 14 anos e está inserido no gênero de comédia.
O comediante Danilo Gentili, que, além de produtor, participa do filme como ator e roteirista, disse se orgulhar de seu trabalho em provocação ao que chamou de falso moralismo.
“O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, escreveu em publicação no domingo (13).
Uma das cenas viralizou nas redes e foi criticada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem Gentili rompeu após após ter se mostrado um entusiasta à época da eleição de 2018.
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Os bolsonaristas que acusaram Gentili foram ainda criticados por terem se manifestado só agora. Internautas recuperaram, por exemplo, publicação elogiosa do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL), ícone da base aliada de Bolsonaro, ao filme.
O parlamentar veio à publico na manhã desta segunda (14), também pelo Twitter, para anunciar que apagou a postagem e que irá tomar outras providências. “Confesso que não me recordo da cena que faz apologia à pedofilia, devo ter saído para atender o telefone”, escreveu ele.
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