Os bancos da Grécia reabriram nesta segunda-feira após três semanas de fechamento imposto pelo governo para evitar o agravamento da crise no sistema financeiro.

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No entanto, os controles de capitais, em vigor desde 29 de junho, mantêm-se, apesar de o limite diário de 60 euros nas retiradas ter sido flexibilizado para até 420 euros por semana.

A presidente da União de Bancos Gregos e do Banco Nacional da Grécia, Louka Katseli, pediu aos correntistas que voltem a fazer depósitos nos bancos para que o sistema bancário continue solvente.

A Grécia também começou nesta segunda-feira o processo de pagamento de 4,2 bilhões de euros que deve a Banco Central Europeu (BCE) assim como de importantes somas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), indicou uma fonte próxima ao ministério grego das Finanças.

O pagamento está sendo possível depois que a Grécia recebeu na sexta-feira a União Europeia um crédito ponte de 7,16 bilhões de euros.

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A economia grega, já enfraquecida depois de anos de recessão, deverá enfrentar a o impacto fiscal. O Parlamento grego aprovou uma reforma do IVA em troca de um novo plano de ajuda no médio prazo. Somente medicamentos, livros e o teatro se beneficiarão de uma redução de impostos, de 6% em relação aos 6,5% atuais.

Os hotéis passarão ao nível intermediário de 13% no outono (do hemisfério norte), e, a partir de segunda-feira, os alimentos, a água e a energia também.

Aos produtos não perecíveis será aplicado o novo IVA de base, de 23%, assim como aos transportes públicos, táxis, e outros serviços.

O Executivo espera assim obter receitas anuais suplementares de 2,4 bilhões de euros a partir de 2016, e de 795 milhões neste ano.

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Resta saber em que medida os comerciantes e os fornecedores de serviços repassarão esse aumento de impostos para o preço final ou se reduzirão suas margens de lucro.

O aumento do IVA é um primeiro exercício de boa vontade do governo de Alexis Tsipras, que não terá descanso, já que o acordo exige que Atenas vote até quarta-feira as novas reformas.

Isso será um novo desafio político para Tsipras, que já sofreu baixas em seu partido, o Syriza, durante a votação do IVA e que, segundo os especialistas, não conseguirá evitar as eleições legislativas antecipadas.

No que se refere aos credores do país, eles devem implementar um terceiro plano de ajuda à Grécia, de mais de 80 bilhões de euros em três anos, como prometeu Bruxelas, e para isso devem superar suas divergências.

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Como exemplo dos rachas existentes, o ministro francês da Economia, Michel Sapin, descartou em uma entrevista publicada neste domingo a ideia defendida por seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble, de uma saída temporária da Grécia da zona do euro.

O presidente francês, François Hollande, afirmou neste domingo que a França está disposta a participar em “uma organização reforçada” da zona do euro e a constituir “uma vanguarda com os países que decidirem isso”.

*Zero Hora, com agências

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