O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu à ocupação da cadeira da presidência da Casa pelo deputado Glauber Braga (Psol) nesta terça-feira (9), que causou uma confusão generalizada. Em uma postagem em uma rede social, Motta afirmou que “o extremismo não tem lado”, em referência a uma ocupação feita pela oposição no plenário da Câmara em agosto.

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Motta afirmou que Glauber desrespeitou “a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo” e que age de forma reincidente, recordando o episódio em que Glauber dormiu no chão da sala em que o Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação do mandato dele e anunciou uma greve de fome. Nesta terça-feira, Motta disse que iria pautar a cassação do deputado, acusado de agressão a um manifestante na Câmara.

“O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele. Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político”, escreveu.

O presidente da Câmara disse, também, que “possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa” serão apurados.

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Veja o que Hugo Motta disse

Glauber foi retirado a força

Quando a mesa foi ocupada, os policiais legislativos começaram a esvaziar o plenário e a transmissão da TV Câmara foi interrompida. Os deputados estavam na primeira fase da sessão da Câmara, que poderia votar hoje a PL da Dosimetria.

Glauber apresentou resistência e tentava permanecer no local. A esposa dele, Sâmia Bomfim (PSOL-SP), também tentava impedir a ação. Outros deputados presentes registravam em imagens o ocorrido.

Após ter sido retirado da Câmara, Glauber afirmou que se solidarizava com a imprensa e que havia feito um pedido a Hugo Motta.

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— A única coisa que eu pedi ao presidente da Câmara, Hugo Motta, foi que ele tivesse 1% do tratamento para comigo que teve com aqueles que sequestraram a mesa diretora da Câmara por 48 horas por dois dias em associação com um deputado que está nos Estados Unidos conspirando contra o nosso país — disse.