O Primeiro Grupo Catarinense (PGC) ainda não tem relações comprovadas com seu primo famoso, o Primeiro Comando da Capital (PCC) paulista. Ainda, ressalva o repórter catarinense Felipe Pereira, que tem trabalhado no assunto. Mas usa know-how idêntico ao da facção mais famosa dos presídios paulistas e brasileiros: táticas terroristas, como queima de ônibus e assassinato de agentes da lei.
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A realidade é que o PCC, por vias tortas, exporta um modelo.
Integrantes do PCC foram presos este ano em assaltos a banco no Maranhão, Piauí, Tocantins, em Alagoas e na Paraíba. Em Mato Grosso do Sul, a facção paulista criou raízes há uma década e domina o comércio de drogas nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia.
E o PCC também está presente em Santa Catarina: a repórter Gabriela Rovai comprovou que a facção paulista recrutou este ano bandidos catarinenses para explodir caixas eletrônicos. Eles viajaram a São Paulo para treinar. Com o bando foi apreendida dinamite, armas restritas das Forças Armadas e das polícias, miguelitos (pregos usados para furar pneus), uniforme militar e coletes.
Por que Santa Catarina? Porque o eixo litorâneo que vai de Florianópolis a Joinville reúne um dos mais altos PIBs (Produto Interno Bruto) do Brasil. A capital catarinense é a cidade dos sonhos para os endinheirados brasileiros, apontam pesquisas. Cada vez mais empresários paulistas a procuram – e esse dinheiro em movimento atrai também bandidos. Alguém duvida que o próximo alvo do PCC é o Rio Grande do Sul?
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