As boas-vindas aos 57, 4 mil turistas que aportarão em Itajaí na temporada 2012/2013 de navios transatlânticos promete ser diferente. A preocupação da Secretaria de Turismo é fazer este público passar algumas horas na cidade, e não somente servir de embarque para outros municípios da região.
Continua depois da publicidade
Ontem, a prefeitura divulgou a escala de navios que irá aportar no Píer Turístico Guilherme Asseburg. O atracadouro receberá 34 escalas entre 16 de novembro e 11 de março de 2013 _ 10 a mais que na temporada passada. O número de passageiros será 55,9% superior _ são esperados 17,4 mil a mais que em 2011.
Roteiros curtos a pé, de van e até de bicicleta estão nos planos do receptivo itajaiense. As paradas costumam durar um dia inteiro e, quando saem dos navios, normalmente os passageiros são recebidos por vans e agentes de turismo que oferecem roteiros longe de Itajaí.
_ A nossa primeira atitude foi chamar os motoristas de vans para uma conversa e definir com eles roteiros para dentro da cidade. Como os turistas passam apenas um dia aqui, estamos pensando em roteiros de poucas horas, para que eles possam aproveitar outras cidades _ aponta Darlan Martins Júnior, turismólogo e consultor técnico da Secretaria de Turismo de Itajaí.
Mas como elevar Itajaí do nível de passagem de navios a destino turístico? Martins antecipa que as praias Brava e Cabeçudas são o filão da prefeitura para dividir turistas com Balneário Camboriú e Blumenau, roteiros escolhidos pela maioria, conforme ele.
Continua depois da publicidade
_ Estas praias têm perfil turístico, com infraestrutura de bares e restaurantes. Vamos indicar Cabeçudas para famílias com crianças.
A Praia Brava será o roteiro de jovens e casais sem filhos, já que o mar é mais revolto _ diz o especialista em planejamento turístico. O mar, contudo, vai dividir espaço com o urbano e o rural. Está em fase de conclusão o projeto de aluguel de bicicletas na Praça Vidal Ramos, em frente ao píer turístico. De lá, os turistas poderão margear o Rio Itajaí-Açu até a Praia de Cabeçudas. Ou pedalar em direção à zona rural, passando pelas comunidades da Colônia Japonesa, Baía e Itaipava.
A presidente da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Maria Izabel Pinheiro Sandri, defende esta ideia. Para ela, os turistas precisam conhecer a cidade em que aportam:
_ Nossa cultura é muito rica e a arte catarinense precisa ser valorizada no artesanato, por exemplo, que chama a atenção e agrada ao turista.
Continua depois da publicidade
_ Queremos captar o maior número de navios possível para Itajaí e os armadores têm nos procurado. Enxergam potencial aqui _ finaliza Martins.
_ Os navios sempre aportam aos sábados. Aqui, o comércio funciona das 9h às 13h. Não vamos além porque manter as lojas abertas é caro. Tem custos com hora extra, lanche e ainda acertar valores com o sindicato do comércios. O empresário não quer ter este custo a mais sendo que a venda para este tipo de público é pequena, sem retorno garantido _ diz.
Continua depois da publicidade