Durante a reeleição de Carlos Arthur Nuzman à presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o presidente de honra da Fifa, João Havelange, protagonizou uma gafe. Em sua primeira aparição pública após o escândalo de propinas que o fez renunciar ao cargo no Comitê Olímpico Internacional (COI), o ex-dirigente de 96 anos se confundiu e achou que tinha votado contra a reeleição de Nuzman.
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A confusão aconteceu assim que o resultado do pleito foi anunciado. Nuzman obteve 30 votos a favor e apenas um contra. Houve duas abstenções. Havelange, então, pediu a palavra para se explicar.
– Fui o único que votei contra o Nuzman. Mas foi um erro. Então, houve unanimidade – disse Havelange, que tinha direito a voto por ser membro nato do COB.
O ex-dirigente, no entanto, havia votado corretamente. A cédula da eleição tinha dois quadrinhos: um para o “sim”, pela reeleição de Nuzman, e outro com “não”, para quem era contra a continuidade do dirigente. Havelange havia marcado o “sim”, enquanto o “não” foi assinalado pelo presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), Eric Maleson.
Em sua primeira aparição pública desde junho, quando deixou o COI por conta das investigações de um escândalo de propinas envolvendo seu nome e o do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Havelange chegou na sede do COB acompanhado, pois tinha dificuldades para andar. O ex-dirigente também contava com o auxílio de uma bengala. Além da idade avançada, Havelange sofreu uma infecção no tornozelo direito, em maio. Ele chegou a ficar internado alguns dias.
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