O meia-atacante uruguaio Nicolás de La Cruz, do River Plate (ARG), recebeu voz de prisão na manhã desta quarta-feira (28) em Luque, no Paraguai. O jogador está no país para a partida de volta das quartas de final da Libertadores, contra o Cerro Porteño (PAR), às 19h15min desta quinta-feira (29).
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De la Cruz é acusado de agredir um policial durante partida do Liverpool (URU) contra o São Paulo, pela Libertadores Sub-20, em 2016. No entanto, ele não foi preso. Depois de prestar esclarecimentos na Corte de Justiça de Assunção, foi liberado para voltar ao hotel. O advogado do jogador ofereceu uma garantia bancária de US$ 500 mil (cerca de R$ 2 milhões) para assegurar que seu cliente vai se apresentar à Justiça quando for chamado.
— A ideia é que ele volta à Argentina com essa causa terminada. Nicolás vai admitir o que fez e vamos oferecer uma doação econômica. Mas há suspeita de que o Cerro Porteño usou contatos para reativar a causa assim que De La Cruz chegou ao Paraguai — disse o advogado do meia-atacante, Diego Tuma, para o canal TyC Sports, de Buenos Aires.
A situação irritou o presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio, que questionou como um caso parado desde 2016 é reaberto um dia antes antes de um jogo decisivo contra o time de De La Cruz. A Justiça paraguaia alega que não foi possível intimá-lo antes porque, assim que acabou a partida há quatro anos, o atleta voltou para o Uruguai.
Ao final daquele confronto sub-20 com o São Paulo, houve uma confusão envolvendo jogadores do Liverpool, do Uruguai, a arbitragem e policiais. De La Cruz acertou um golpe no tórax do policial Fabián Antonio Olmedo Galeano.
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O juiz encarregado do caso deverá se pronunciar até esta quinta-feira (29), quando acontece a partida pelas quartas de final da Libertadores, se o jogador poderá atuar ou não. O Cerro Porteño terá de vencer por três gols de diferença para se classificar. No primeiro jogo, em Buenos Aires, o River venceu por 2 a 0 com dois gols de pênalti contestados pelos paraguaios.